No Rio Grande do Sul, fábricas como a Tramontina, Randon e Marcopolo começam a retomar a produção de suas atividades, convocando os funcionários fora do grupo de risco, assim como indústrias no estado de Alagoas, entre outros estados.
A imprensa burguesa transmite a notícia, sempre com a informação: “ As empresas estão implementando medidas de limpeza e distanciamento nos locais de trabalho”. Mas o grande problema dessas notícias, é a falta de espaço para questionamentos que são de interesses da classe trabalhadora, uma vez que só é divulgado “a preocupação dos grandes empresários”, com a adoção de medidas de segurança, que salve as vidas e imagens onde sempre aparece uma pessoa com equipamentos de segurança.
Mas quem fiscaliza se todas as medidas de segurança foram adotadas, se todos os funcionários estão devidamente seguros em seus postos de trabalho e quem pode reivindicar por eles, caso o que é necessário para resguardá-los não for atendido? O funcionário tem poder de negociação direta com o seu patrão, para cobrar medidas que garanta a sua segurança?
Para os grandes empresários burgueses, não importa que o país esteja enfrentando a maior pandemia do século XXI, e que é certo a morte de um número inimaginável de pessoas, desde que seu caixa esteja faturando sempre, não importa se é às custas da vida de milhões de trabalhadores.
Simplesmente o que vemos, são os burgueses convocando a classe trabalhadora para retornar ao seus postos, contando com toda a flexibilização do governo, e a imprensa imperialista noticiando o fato como se os empresários estivessem fazendo uma grande caridade em adotar medidas de segurança (Medidas que ninguém fiscaliza), pois é mais importante garantir a saúde das empresas, do que a saúde da população.
O que podemos observar até o momento desta “grande medida” de quarentena, é que ela existe apenas para a burguesia e setores muito específicos da classe média, pois para o restante da população, esse fato está totalmente fora de suas realidades.
Os sindicatos precisam abrir as suas portas urgente e não deixar a classe trabalhadora nas mãos dessa burguesia parasita, em meio a maior crise sanitária da história recente, para que seja reivindicado medidas que garantam suas vidas e seus empregos como a redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários, formação de turnos
com pessoal reduzido; redução da semana de trabalho para 35 horas (7×5); proibição das demissões; por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo.
