A política neoliberal tem levado todos ps partidos da burguesia à falência. Em 2013, os governos estaduais do PSDB levaram a uma forte mobilização espontânea contra a repressão do Estado burguês. Em 2014, mesmo durante um processo de golpe de Estado, o PSDB perdeu as eleições presenciais pela quarta vez seguida. Em 2018, o candidato do PSDB à presidência da República teve uma votação desprezível.
A política neoliberal, por ser impopular e catastrófica do ponto de vista econômico, transformou o PSDB em um cadáver político. Se não fossem os inúmeros golpes aplicados nos últimos anos, certamente os tucanos não venceriam mais uma eleição sequer.
Diante da sua falência, o PSDB tem tentado se apoiar, de maneira cínica e criminosa, nas organizações e das lutas populares. Mesmo tendo sido um dos principais articuladores do golpe de 2016, o PSDB não exitou em propor uma aliança com o PT e demais setores da esquerda nacional conforme lhe fosse conveniente.
Embora a aliança do PSDB com a esquerda possa dar uma sobrevida aos tucanos, esse tipo de política não leva a nenhuma vitória da luta popular. O PSDB é um partido golpista, um partido com ampla tradição vigarista. Não é possível qualquer aliança real com os tucanos: na primeira oportunidade, submeterão toda a luta dos trabalhadores aos interesses dos capitalistas.
O PSDB é um partido de tradição vigarista porque é composto fundamentalmente de representantes da burguesia, principalmente dos setores mais abertamente pró-imperialistas da burguesia. E para o imperialismo, não há o menor interesse em fazer a luta dos trabalhadores progredir: seu único interesse é criar as condições necessárias para saquear as riquezas de todos os povos.
A luta popular não tem nada a ganhar com uma aliança com o PSDB. É preciso, na verdade, levar adiante uma política que contribua para esfacelar de vez os partidos dos patrões: é preciso levar adiante a mobilização pelo “Fora Bolsonaro e todos os golpistas”.