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Frigoríficos e as queimadas

Para os frigoríficos, é preciso esconder as queimadas na Amazônia

As queimadas criminosas realizadas pelos latifundiários, principalmente da agropecuária, estão fazendo os frigoríficos se justificarem com campanhas publicitárias

As queimadas criminosas realizadas pelos latifundiários que vêm ocorrendo na Amazônia têm como objetivo a expansão das pastagens de gado que servirão aos frigoríficos, com a finalidade de aumentar a produção e dar conta, principalmente das exportações.

Os donos dos frigoríficos que já realizam a compra de animais criados em terras de preservação, como o grupo JBS/Friboi, alvo de denúncias constantes.

No ano de 2017 este grupo foi multado em 25 milhões, porém, com o vício de fazer suas próprias leis, a JBS/Friboi persiste com a mesma prática.

Em fiscalizações envolvendo a Organização Não Governamental (ONG) Repórter Brasil, The Guardian e do Bureau of Investigative Journalism, no sítio do repórter Brasil, em 02 de julho de 2019, foi desvendado a forma que se fazia para disfarçar a manobra, que significava a triangulação entre fazendas. Ou seja, os latifundiários criavam gados em áreas embargadas revelando uma prática que consiste na triangulação entre fazendas para disfarçar a origem dos animais.

Os bovinos crescem em uma área embargada, depois são encaminhados a uma fazenda “ficha-limpa”, ou seja, sem problemas ambientais, de onde são vendidos para os frigoríficos. O grupo JBS/Friboi dizia que tinha parado de comprar gados de empresas que agiam de forma ilegal, mas na investigação ficou comprovado que o que os donos do grupo JBS/Friboi persistiam com a mesma prática.

Os outros dois grupos, Marfrig e Minerva não constam, no momento, nenhuma denuncia realizada contra eles, isso não significa que não têm irregularidades contra eles, assim como vários outros frigoríficos espalhados pelo Brasil.

Diante do desmatamento desenfreado que vem ocorrendo no segundo semestre deste ano na Amazônia, os grupos como JBS/Friboi, Marfrig e Minerva estão se organizando para preparar campanhas institucionais individuais contra um possível boicote de países e importadores da commodity brasileira em meio à crise provocada pelas queimadas na Amazônia.

A Marfrig, por exemplo, fez há quase dois meses uma captação de US$ 500 milhões de títulos de dívidas ligados à sustentabilidade (greenbond). A JBS e a Minerva planejam abrir capital fora do País e uma crise neste momento pode afetar os planos.

Anúncio em jornal dos EUA

Na semana passada, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) considerou pagar um anúncio de página inteira nos jornais Financial Times e The New York Times para vir a público e explicar que os frigoríficos brasileiros cumprem os mais rígidos controles de qualidade e que não há risco de compra de matéria-prima de áreas de desmatamento e ilegais. (Exame – 27/09/2019)

Segundo a reportagem, a Marfrig não comenta sobre o assunto, mas a JBS/Friboi, que em julho foi investigada e constatada a prática irregularidades, disse que apoia a iniciativa da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura e que não tem uma campanha isolada em relação a esse tema.

Os donos dos frigoríficos, um dos setores industriais que financiaram o golpe no país e ajudaram a eleger através de uma fraude escancarada o ilegítimo Jair Bolsonaro, estão cobrando a dívida e, não basta fazer vistas grossas como vem fazendo a, também latifundiária golpista, criadora de gados, Tereza Cristina, ministra golpista da agricultura que tomou a decisão de deixar o setor livre para toda e qualquer irregularidade.

Da mesma forma, o fascista Bolsonaro deixou os latifundiários livres para agirem, tanto para desmatarem, no caso, as quantidades imensas das queimadas, destruindo reservas inteiras e criando imensos campos de pastagens e, dizimando os índios, verdadeiros donos dessas terras e que nelas moram, para beneficiar os seus pares.

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