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Eleições 2020

Para onde vai a esquerda que imita a direita?

Ao adotar o método das promessas caso eleitos e evitar a discussão sobre as questões fundamentais, como o golpe de Estado, a esquerda imita a direita no modo de fazer campanha

Na quinta-feira da semana passada (1º) a Rede Bandeirantes de Televisão realizou debates dos candidatos a prefeito das capitais e das principais cidades do país. Além da exclusão de candidatos do Partido da Causa Operária e de outros partidos, o debate foi marcado por uma participação muito fraca da esquerda, que mergulhou de cabeça na demagogia eleitoral, imitando a direita no que há de pior.

O caso mais explícito ocorreu no principal debate do País, o dos candidatos a prefeito de São Paulo. Nele, Guilherme Boulos (PSOL), disputou com Joice Hasselmann (PSL) quem tinha mais “coragem” de combater a corrupção, enquanto Jilmar Tatto (PT) discutia com Bruno Covas (PSDB) quem mais tinha capacidade de “sanear as contas” – ou seja, de deixar a prefeitura do jeito que os capitalistas querem. Além disso, Orlando Silva (PCdoB) respondeu a ataques da direita debatendo estritamente propostas, como se estivesse em outro país que não o Brasil.

Em todos os casos, a mensagem passada era como se não houvesse golpe de Estado, fraude eleitoral que levou a extrema direita ao poder, quase 150 mil mortos no País e um desemprego e destruição da economia nacional nunca antes vistos na história do Brasil. A impressão que a esquerda passou é que se tratava realmente de um debate de propostas, em que o que estaria sendo analisado seria a capacidade administrativa dos candidatos em resolver os problemas do povo (na verdade, os problemas da burguesia). Uma espécie de debate político sem política, mas apenas como “projetos”.

Se foi assim em São Paulo, a maior e mais desenvolvida cidade do país, seja do ponto de vista econômico, seja político, nas outras capitais e cidades o nível foi ainda pior.

Em Curitiba, por exemplo, os candidatos de esquerda pareciam candidatos a auxiliares administrativos da prefeitura de Curitiba. Em nenhum momento questionaram a direita e sua responsabilidade no assassinato de centenas de milhares de pessoas no País, das quais quase 10 mil só no Paraná.

Isso faz com que a população tenha dificuldade de discernir quais são as reais diferenças entre a direita golpista e a extrema direita fascista e a esquerda. Uma vez que a postura e o modo de fazer campanha são muito semelhantes, quase idênticos. As mesmas promessas, o mesmo discurso.

Desta forma, ao não defender um programa político claro, que chame os trabalhadores a lutarem contra o golpe de Estado e o genocídio da população dos centenas de milhões de mortos por coronavírus, a esquerda perde sua fisionomia própria e passa a ter apenas mais um candidato qualquer, prometendo com o mais absoluto cinismo coisas que não pode cumprir.

Por isso, só resta um caminho para a esquerda que imita a direita: tornar-se a imagem e semelhança dela. Ou seja, defender um programa alheio aos trabalhadores e ao povo, logo, oposto aos seus interesses.

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