O alto comandante do Exercito brasileiro, general Eduardo Villas-Boas, divulgou uma nota na noite da ultima quinta-feira, dia 6 de setembro, sobre o “atentado“ ocorrido contra o candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro. Na nota Villas-Boas repudiou o ataque e afirmou que se trata de um crime contra a democracia, o general também declarou que e necessário combater os radicalismos.
A declaração do alto comandante do Exercito evidencia o cinismo tipico das declarações dos golpistas, os quais passaram e vem passando por cima de todas as leis, dos direitos do povo e de suas principais lideranças, como e o caso do ex-presidente Lula. O Exercito, que agora fala em atentado contra a democracia, não se posicionou e nem se quer disse absolutamente nada quando a presidenta Dilma foi deposta por meio de um golpe que rasgou os votos de 54 milhões de brasileiro. Muito pelo contrario, o Exercito apoiou de maneira integral o impeachment, assim como as medidas impostas por Temer, como a destruição dos direitos da classe trabalhadora e a privatização das riquezas do pais.
Para as forcas armadas, seu alto comando, o fato do ex-presidente Lula ser vitima de uma implacável perseguição politica, denunciada, inclusive, por organismos internacionais, estar preso sem provas, ser impedido de se candidatar, de fazer campanha, ou seja ter seus direitos políticos cassados arbitrariamente pelo TSE, não constitui um atentado a democracia, e algo normal. O fato de milhares de brasileiros estarem entrando novamente na miséria, no desemprego por causa das medidas nefastas dos golpistas, também não ha qualquer problema.
Já quando um candidato da direita, representante dos setores mais conservadores e reacionários do pais, que defende o aumento da repressão contra o povo pobre e trabalhador, sofre um suposto atentado, trata-se de uma afronta, um ataque a democracia. Mas qual democracia, general? Sendo que o pais vive sob um golpe ha mais de dois anos, sendo esfolada cotidianamente pela direita, pelos golpistas.
A declaração de Villas-Boas revela a tentativa de manipulação, utilizando, para tanto, o “atentado“ contra Bolsonaro. A única forma de derrotar o aprofundamento do golpe e por meio da mobilização popular. e necessário intensificar a luta em defesa do ex-presidente Lula, de sua candidatura e de sua liberdade