A política golpista está cada vez mais agressiva e nociva para os trabalhadores. O atual candidato da burguesia, Jair Bolsonaro, fez um pronunciamento ameaçando políticos do PT como Lindbergh Farias, Gleisi Hoffmann e o candidato a presidência Fernando Haddad, dizendo que os “vermelhos” deveriam sair do Brasil, ou sofreriam uma perseguição e uma limpeza “jamais vista na história desse país”.
Enquanto as instituições estão todas submissas aos militares, completamente reféns dos generais – embora nossos ministros e juízes não sejam, em nenhum quesito, progressistas, estão sob a mira dos militares caso se sintam pressionados pela mobilização popular -, a burguesia aprova e elabora políticas para vender o Pré-sal brasileiro, e os demais recursos naturais do Brasil, com subsídios do BNDES , assim como para restringir as leis trabalhistas e deixar o trabalhador brasileiro em condições semi-escravas, deixando-os totalmente reféns dos patrões.
Nas ruas, os apoiadores do Bolsonaro estão de ego inflado a aproveitam-se da omissão da esquerda para atacá-la e atacar as minorias. Esses ataques pegam indivíduos isolados, quando a esquerda está em grupo e tem condições de se defender os fascistas não mostram as caras.
Diante desse cenário, uma política defensiva não serve. Não será deixando pautas como a legalização do abordo de lado, nem tirando Lula e o vermelho da campanha, que a conseguiremos mobilizar contra a direita. Somente com uma política que organize a população, ou seja, que crie comitês, que agregue em torno dos sindicatos, que una o povo em torno da política com o propósito de lutar contra o golpe, que sairemos da defensiva e nossos direitos prevalecerão. A burguesia só entende uma coisa; a relação de forças na luta de classes. Se os trabalhadores mostrarem sua vontade através de greves e mobilizações, não tem como a burguesia não recuar e ceder, pois não existe força maior do que a força da maioria.
Por isso devemos pressionar para que o Congresso do Povo aconteça o mais rápido possível. Devemos organizar conferências que junte os Comitês de Luta contra o golpe e estimule a criação de mais comitês. Não podemos adiar nem postegar a luta por mais tempo. O fascismo só se derrota nas ruas. Nesse sentido, o Partido da Causa Operária, junto com os Comitês de Luta contra o Golpe, realizará a 2ª Conferência Nacional Aberta de Luta contra o golpe e o fascismo, nos dias 8 e 9, na cidade de São Paulo. Somente unidos e organizados venceremos a direita.