Da redação – O ex-comandante geral do Exército, o general reformado e atual assessor do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Eduardo Villas Boas, foi novamente ao Twitter, como feito em 2018, para intimidar os ministros do STF a não votar pela liberdade de Lula, no caso do prisão em 2ª instância.
O general disse em seu tweet: “É preciso manter a energia que nos move em direção à paz social, sob pena de que o povo brasileiro venha a cair outra vez no desalento e na eventual convulsão social”, veja a íntegra do Tweet.
— General Villas Boas (@Gen_VillasBoas) 16 de outubro de 2019
O caso a ser votado nesta quinta
O Supremo Tribunal Federal vota nesta quinta-feira uma matéria que poderia proibir a prisão em segunda instância. Algo de valor imenso para a constituição brasileira, pois nela diz que ninguém será preso sem o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, ou seja, o julgamento em todas as instâncias de apelação, que podem ser três ou quatro, dependendo do caso.
A matéria já esteve em discussão na corte suprema antes, e às vésperas da votação o general citado foi a campo para defender contra alguma suposta “impunidade”, num claro recado aos partidários, dentro do STF, da soltura de todos esses presos inconstitucionais, como é o caso de Lula e muitos outros.
Olavo, Villas Boas e Bolsonaro
No mesmo tom, o guru do governo bolsonaro foi às redes sociais nesta quarta-feira (16) para defender um novo golpe militar. Ele, também no twitter, disse que “Só uma coisa pode salvar o Brasil: a união indissolúvel de povo, presidente e Forças Armadas“. Numa clara ameaça a todos os setores opositores a Bolsonaro. Após isso, não por coincidência, o General Villas Boas ameaça o STF.
Existe uma clara ameaça de setores militares ao regime parlamentar, mesmo um tão viciado quanto o brasileiro, e a campanha por uma nova ditadura como maneira de conter o avanço das campanhas populares como é o caso da campanha pela liberdade de Lula e pelo Fora Bolsonaro.