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Trabalhadores em frigoríficos

Para governo, trabalhador pode morrer, mas lucro não pode faltar

Com os frigoríficos sendo interditados pelas péssimas condições de trabalho e diante do coronavírus, ministra da agricultura mostra a verdadeira preocupação, a entrada de dólares

Os donos de frigoríficos, como o JBS/Friboi, BRF – Brasil Foods, no início da pandemia do coronavírus estavam dando pulos de satisfação, pois contavam com o crescimento das exportações.

Conforme a venal revista Veja, datada de 30 de janeiro, foi apresentado um artigo que menciona duas das maiores indústrias do setor frigorifico no país, a JBS/Friboi e BRF – Brasil Foods, onde diziam que era uma oportunidade de aumento significativo à exportação de produtos congelados e processados.

O relato do presidente da BRF, Lorival Luz é de que a epidemia pode aumentar as vendas de produtos de carne congelados e processados e, o presidente da JBS, Gilberto Tomazoni, a China elevou importações de carne durante a epidemia de Sars nos anos 2000. As importações chinesas de carne brasileira já saltaram recentemente após um surto de peste suína africana que dizimou o rebanho de porcos do país. Disse ainda esperar que os impactos da peste suína sobre o mercado global de carnes tenha seu auge neste ano.

Nesse período a JBS e o WH Group, de Hong Kong, assinaram acordo que previam abastecimento do mercado chinês com até R$ 3 bilhões em carne bovina, de frango e suína por ano. Os produtos do grupo WH são comercializados em cerca de 60 mil localidades na China.

Com as inúmeras denúncias feitas através dos trabalhadores sobre o contágio que vem aumentando exponencialmente, ficou evidente que os frigoríficos são um foco enorme de propagação do Covid-19.

O número de casos que já foi denunciado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), passa dos 60 frigoríficos é até bem mais, pois somente o grupo JBS/Friboi tem, no país, cerca de 37 frigoríficos, o BRF – Brasil Foods, não menos que isso, podemos contar, também, com Marfrig, Erechim, Minerva, Minuano, enfim, uma infinidade de empresas do setor que abrange mais de 600 mil trabalhadores.

O governo golpista do fascista Bolsonaro, bem como, os demais governos e prefeitos espalhados pelo país, procuraram de todas as formas, manter em sigilo a situação dos frigoríficos até o ponto que pode.

A falácia do mercado da carne para o Brasil

Agora diante do fato, onde a situação ficou escancarada, o governo do fascista Bolsonaro subserviente aos donos dos frigoríficos, diz-se “preocupado com a escassez dos produtos de carne” e está pressionando para que se resolva a situação, mas não com a situação dos trabalhadores que possam vir a óbito, mas também não estão preocupados com o mercado interno como foi anunciado no jornal Metrópoles de segunda-feira (12) onde diz o seguinte: “com a chegada do coronavírus em frigoríficos do país, o governo federal teme que supermercados fiquem desabastecidos de carnes bovinas, suínas e de aves. A situação tem sido monitorada de perto pelos ministérios da Agricultura, da Infraestrutura e pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça”.

“O secretário da Senacon, Luciano Timm, falou que há uma preocupação imediata sobre um eventual aumento de preços da carne com a alta demanda e a baixa produtividade das plantas, sobretudo com o aumento no número de frigoríficos interditados”.

Qual a verdadeira preocupação

A continuidade da produção de alimentos foi um pedido do Ministério da Agricultura ao governo para que o abastecimento do país não fosse comprometido, bem como as exportações do setor, que trazem bilhões de dólares para o país. Ou seja, a latifundiária golpista e ministra do governo fascista de plantão Tereza Cristina, criadora de gado e principal interessada em que os frigoríficos sacrifiquem seus funcionários, muitas vezes, mais que os animais e aves, prefere que os trabalhadores fiquem vulneráveis diante do contágio pelo coronavírus do que ver um frigorífico fechado.

Uma observação necessária sobre a golpista Tereza Cristina, muito antes de ser uma das pessoas de Bolsonaro, no congresso, se colocou sempre ao lado de seus pares latifundiários e defendeu que os donos dos frigoríficos tivessem autonomia quanto das fiscalizações. Ou seja, os próprios patrões se fiscalizassem, que pudessem utilizar os domingos e feriados para que os patrões conseguissem dar conta de suas produções.

Aos trabalhadores restam a mobilização que leve à greve no setor, uma vez que o essencial é a preservação da vida dos operários. Todos os trabalhadores afastados, devem, indistintamente, receber seus salários integralmente, sem que haja nenhuma redução, bem como, nenhuma demissão.

É necessário ainda, a organização de conselhos populares, para debater, e tirar propostas que vá de encontro a resolver questões oriundas dos bairros da periferia e dos próprios trabalhadores, bem como comitês de fábrica, para lutar contra os ataques dos patrões e a crise de saúde.

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