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Pará: fascistas tentam censurar e reprimir festival contra Bolsonaro

Vindo da união de bandas autorais de rock da região metropolitana de Belém do Pará com coletivos de produtoras independentes, o festival de rock chamado “Facada Fest” faz uma clara alusão a uma suposta facada sem sangue dada no então candidato Jair Bolsonaro, levando o mesmo a carregar uma bolsa de excremento consigo durante as eleições. No cartaz de divulgação, o palhaço Bozo aparece empalhado em um lápis e com uma faixa presidencial escrita “171”. Entretanto isso despertou a fúria de Carlos Bolsonaro que disse: “Está na hora de agir antes que seja tarde, porque eles já mostraram ao que vieram e não têm mais vergonha alguma de esconder isso”, enquanto o vereador Éder Mauro ameaçou fazer um boletim de ocorrência contra o festival. A ideia por trás da frase, é falar que a esquerda incentiva a violência.

A extrema-direita não tem escrúpulos, e quando não age de forma ilegal através de grupos paramilitares (milícias), usam as próprias instituições (como o judiciário) para censurar e agredir qualquer um que discorde de suas políticas e opiniões. Seja através de mandatos judiciais, multas por danos morais, ou até mesmo visita de carniceiros uniformizados (polícia militar). A extrema-direita vai usar o aparato do estado burguês para censurar, e infelizmente, muitas das leis que dão poder ao estado de censurar a população vem da própria esquerda. Iludidos de que a lei os protegerá contra os grupos fascistas, que lançam seus discursos de ódio, a esquerda esquece que é a burguesia que faz ascender os grupos fascistas ao poder, e que o judiciário age ideologicamente alinhados aos fascistas. No final, quem vai para cadeia por discurso de ódio é sempre a esquerda e a população mais pobre, ao quais são as maiores vítimas do estado burguês. Por isso é necessário que a liberdade de expressão seja plena, caso contrário, os “cercadinhos” de expressão criará uma armadilha para censurar a própria esquerda e a população.

No caso do festival de rock, está obvio que a criminalização ao discurso de ódio será usado para punir, censurar e talvez jogar em mais cadeias superlotadas os produtores do evento. O puritanismo no combate ao “discurso de ódio” levará a punição de uma excelente sátira contra o governo Bolsonaro, pois dentro da lógica implantada pela própria esquerda, há um incentivo a violência, afinal estão tirando sarro de uma – suposta – tentativa de assassinato. A realidade é totalmente diferente do sonho que vive a esquerda, enquanto o jornalista Paulo Henrique Amorim foi condenado por chamar um jornalista da Globo de “preto de alma branca”, Jair Bolsonaro foi inocentado por dizer que “o quilombola mais leve pesava 15 arrobas”.

É urgentemente necessário abrir um amplo debate sobre o que é liberdade de expressão. Dar mais poder ao estado burguês de prender mais pessoas é suicídio, principalmente em um país onde tem a terceira maior população em cárcere do mundo, além disso há uma tradição do judiciário de perseguir politicamente a esquerda. O discurso de ódio será usado contra os roqueiros em Belém, e será continuamente usado contra a esquerda, até que se perceba que a esquerda deva ser democrática, e não moralista.

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