Em assembleia na última quinta-feira (07/02) os servidores públicos municipais decidiram, por unanimidade, manter a greve unificada do funcionalismo, contra o projeto de reforma da previdência municipal, o Sampaprev (Lei nº 17.020/2018), que cria o Regime de Previdência Complementar e aumenta a contribuição dos servidores de 11% para 14%.
A greve que agora foi retomada; depois que em dezembro passado, Cláudio Fonseca e a diretoria do Sinpeem impediram que a mesma se iniciasse em 5 de dezembro e impedisse o final do ano letivo, colocando uma crise de gigantescas proporções para o governo Covas e seus venais vereadores; mostra sua força. Após uma semana de greve, o movimento cresce, em todas regiões militantes e servidores se organizam em comando de greves para paralisar escolas que ainda tem fura greves, organizam atos e passeatas em diversos pontos da cidade contra Bruno Covas e seu projeto de destruição da previdência , com assembleias cada vez maiores e mais combativas.
Tal combatividade, no entanto, é obstaculizada pelas políticas das direções sindicais, em especial do Sinpeem, maior sindicato do movimento e pela ação da PM, que mais uma vez agrediu e feriu professoras presentes à passeata, que se iniciou após a assembleia.
Nas assembleias do Sinpeem, tem se tornado rotina, em momentos decisivos para a luta, o impedimento de qualquer trabalhador da categoria falar na assembleia, apenas falam elementos da diretoria sindical (Senadinho do Sinpeem), desde Cláudio Fonseca, passando pelo PSOL, MAIS e até o PSTU, só não falam os professores e servidores. Dessa vez não pode haver espaço para que a burocracia sindical, assim como já fez em inúmeras outras lutas, derrote a greve.
A disposição de luta da categoria é enorme, logo no dia seguinte à assembleia, comandos unificados de greve com servidores da saúde, educação e outras pastas, realizaram doze atos regionais pela cidade, com panfletagens nas estações de metrô e Terminais de ônibus, colocação de faixas em pontos estratégicos da cidade, atos com mais de 200 trabalhadores e populares, seguido de passeata como ocorreu em São Mateus, zona leste da cidade.
Foram mobilizações por toda cidade que derrotaram Dória em 2018 e, é esta a única receita capaz de derrotar Covas e o Sampaprev.