O ministro Ricardo Salles ficará conhecido pelo descaso ao meio ambiente. Em investigação da Rede Brasil Atual, sua atuação neste primeiro ano foi retratada como um verdadeiro fiasco.
O único programa em atividade do Ministério do Meio Ambiente se tratou mais de uma apropriação e promoção propagandística de mutirões de limpeza que ja aconteciam no litoral brasileiro. Entretanto, segundo participantes, “nada realmente importante foi feito,” e o orçamento só foi liberado em Novembro. Este plano foi chamado, de maneira oportunista, de Plano de Combate ao Lixo no Mar, muito embora não tenha tocado em problemas relevantes como as manchas de óleo no litoral nordestino, ou a falta de saneamento básico na maioria das cidades litorâneas do Brasil.
Por outro lado, na entrada de 2020, Ricardo Salles faz o que os Bolsonaristas gostam de fazer: atacar a população. Em sua rede social oficial, compartilhou uma foto da sujeira deixada na praia após a festa de Reveillon, com os dizeres “E ainda jogam a culpa dos problemas ambientais no agronegócio”.
Sim, o agronegócio, ou melhor, latifúdnio, sob a gestão de Salles, bateu recorde em provocação de incêndios e desmatamento. Bateu recorde na promoção da violência contra os pequenos produtores e comunidades rurais. Bateu recorde em prática de trabalho escravo. Bateu recorde no uso de agrotóxicos. Trata-se de uma verdadeira máquina de exploração parasitária dos recursos naturais.
Importa lembrar que qualquer empresa contrata funcionários para limpar os ambientes após festejos. E no caso de locais públicos, este gerenciamento cabe ao Estado. O ministro fascista tenta, assim, fugir da responsabilidade da limpeza das praias.
No lugar de fazer o que seria o seu trabalho (mas cujo trabalho, na verdade, é beneficiar as madeireiras e mineradoras), Ricardo Salles fez o que os direitistas fazem: culpar a população e desmoralizar as festas populares – já que a direita odeia quando o povo sai na rua.