Com os números de infectados e mortos por COVID-19, todos os dias batendo recordes no estado de São Paulo e consequentemente na capital Paulista, o prefeito da cidade de São Paulo – Bruno Covas (PSDB) – autoriza o funcionamento de concessionárias e escritórios, com atendimento limitado a 4h por dia. A medida foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (05).
Segundo a publicação, os setores deverão seguir normas e protocolos de funcionamento determinadas pela gestão municipal.
Foram determinadas uma série de restrições ao funcionamento impostas para concessionárias e escritórios, como por exemplo:
Público limitado a 20% da capacidade total;
Obrigatório uso de máscaras para funcionários e clientes;
Apoio à testagem de casos suspeitos entre funcionários;
Medição de temperatura na entrada;
Espaçamento de 1,5 metro entre pessoas, com uso de demarcações e barreiras físicas;
Segundo o prefeito, o protocolo para o setor de escritórios contempla, por exemplo, escritórios de advocacia e de contabilidade. “Esses protocolos serão assinados com a OAB [Ordem dos Advogados do Brasil], com a CESA [Conselho Regional de Administração do Estado de São Paulo], com os sindicatos das cidades de direito, com os sindicatos contabilistas, com os sindicatos das empresas de serviços contábeis. A assinatura vai se dar aqui na Prefeitura de São Paulo agora às 16h da tarde”, declara Covas. Com sindicatos como estes, quem precisa de patrão explorador?
A imprensa burguesa adora divulgar as “medidas” das autoridades públicas, de “combate” ao novo coronavírus, mas em momento algum, noticia quem são os beneficiados com as tais medidas. A flexibilização da quarentena está a todo vapor na capital Paulista – epicentro da crise no país – com a desculpa esfarrapada, de que os números estão abaixando, fazendo a famosa conta entre o número de contagiados x número de habitantes.
Na realidade, o que o prefeito “científico” está fazendo, é jogar a população que não terá outra opção, que se arriscar a contrair o vírus, para não deixar de trabalhar, ao invés de adotar medidas de assistência para que o povo possa permanecer em isolamento.
Estas restrições de aglomerações para evitar o contágio, servem apenas para um número pequeno de pessoas, não para a quantidade de pessoas que terão de sair às ruas para ir trabalhar, ou receber o atendimento destes setores.
Essa quarentena não passa de uma farsa deste governo golpista, que estão querendo jogar o povo na fogueira, para salvar meia dúzia de capitalistas sanguessugas, uma vez que este sistema econômico não se sustenta em crises e o prefeito Bruno Covas – que faz jus ao nome – só é mais um, que contempla a lista de capachos da burguesia parasita, que não gosta de trabalhar.
O povo deve se unir em mobilizações de rua, para a derrubada deste governo genocida, fascista e cínico. Não é possível mais prosseguir tolerando tanta aberração praticada contra a classe trabalhadora da capital paulista, que está totalmente esquecida do poder público.