O Paquistão passa por uma onda de mobilizações nos últimos dias. Manifestantes de todos os lugares se deslocaram até a capital do país, nesta quinta-feira (31), reivindicando a renúncia do primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan. O premiê, que vem tentando resgatar o país do Sul da Ásia de uma sucessão de acontecimentos que enfraqueceram a economia do Paquistão, agora possui mais pressão contra seu governo.
O principal líder desses protestos é um representante de um dos maiores partidos religiosos do Paquistão, o Jamiat Ulema-i-Islam-Fazl. Fazl-ur-Rehman chama Khan de primeiro-ministro ilegítimo, além de incompetente. O líder religioso também afirma que as eleições de 2018 foram fraudulentas. O protesto resultou em algumas escolas e escritórios de Islamabad tendo que fechar. Da parte da polícia, houve apenas reforço nos postos de controle, além de posicionar contêineres para bloquear algumas vias e isolar a parte administrativa da cidade, o “coração” do local.
O líder do Jamiat Ulema-i-Islam-Fazl ainda classificou seu protesto como sendo uma “marcha de liberdade”: “este movimento não vai parar se não conseguirmos os resultados desejados depois de chegar a Islamabad”, disse Rehman para alguns repórteres em Lahore, de onde os manifestantes saíram em marcha na noite da última quinta-feira (31).
Rehman: continua “queremos a renúncia do primeiro-ministro, toda a Assembleia é falsa, queremos dissolvê-la”. O atual primeiro-ministro venceu as eleições de 2018 baseado num discurso que contemplava a luta contra a corrupção, reajustar a economia e ajudar as famílias de classe média. Mesmo com todas essas promessas, a economia do país segue com déficit fiscal em quase 7% do produto interno bruto (PIB), além de uma crise que vem se aproximando no balanço de pagamentos.