No último dia 9 de dezembro faleceu aos 64 anos, Paolo Rossi, grande atacante italiano na década de 80. Nascido em Prato, na região da Toscana. Um de seus maiores feitos foi ter desclassificado a seleção brasileira de 1982, tida como uma das melhores de todos os tempos. Uma verdadeira máquina de jogar futebol, que parou na seleção italiana nas quartas de final da Copa da Espanha.
Após seu falecimento em entrevista, a esposa Federica Cappelletti, 48 anos, jornalista e agora viúva do jogador italiano Paolo Rossi, revelou, que o craque não gostava de ser reconhecido como o “carrasco” do Brasil.
Sgundo Federica: “Para dizer a verdade, ele até sofria. Ele tinha grande admiração por aquela seleção brasileira e muito respeito pelos brasileiros. Para ele, era só jogo, um dos mais importantes da sua carreira. Mas era um jogo”.
Paolo Rossi foi o jogador mais importante da seleção da Itália que conquistou a Copa do Mundo de 1982, na Espanha. Mas a Itália tinha outros grandes jogadores como Zoff, Scirea, Gentile, Cabrini, Oriali, Conti, Graziani, Tardelli, além de Paolo Rossi.
A esquadra Azurra venceu a Argentina, o Brasil e a Alemanha na final da Copa da Espanha em 1982.
O artilheiro marcou nos três últimos jogos da campanha italiana naquela Copa, mas sua façanha mais impressionante foi nas quartas-de-final, quando marcou os três gols da vitória italiana sobre o Brasil, por 3×2.
A Seleção Brasileira, que foi eliminada com aquela derrota, era comandada em campo por craques como Luizinho, Cerezo, Júnior, Sócrates, Eder, Zico e Falcão, e fora dele pelo técnico Telê Santana.
Veja o vídeo da seleção brasileira de 1982.
https://www.youtube.com/watch?v=zZxvYy5-ekI Brasil 1982
– The 11 Greatest Goals
Outro legado de Paolo Rossi é um documentário realizado no ano passado, em que Pelé foi entrevistado desmente não gostar do atacante italiano pelos três gols contra o Brasil. “Pelo contrário, meu amigo, você fez com que o futebol ficasse ainda mais bonito”, declarou o jogador brasileiro.
Em entrevista de 2019 no Canal Zico 10 do Youtube, Rossi comentou:
“Há uma espécie de, como se diz, respeito, mas é também uma coisa de afeto” “Então, eu tenho orgulho de ter derrotado aquele Brasil. Não o Brasil. Aquele Brasil de 82 que era um Brasil extraordinário, fantástico, de campeões incríveis. Quanto maior e melhor o adversário, maior é o prazer.”
O importante desta nota é mais uma vez mostrar, ao contrário do que a venal imprensa capitalista brasileira subordinada a interesses econômicos apresenta, de que o futebol lá de fora é melhor do que o brasileiro, que na realidade, os grandes jogadores e pessoas do esporte de fora do país elevam a arte do próprio futebol brasileiro como o melhor do mundo, como inclusive anunciou há dias o ex técnico do Flamengo Jorge Jesus.