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Pandemia escancara descaso dos patrões com saúde do trabalhador

Serão até 5 mil funcionários demitidos após anos e anos de trabalho para a empresa, que também está na mira da privatização

Os patrões do Banco do Brasil (BB), ou melhor, os seus serviçais golpistas do conselho de administração, decidiram deixar a máscara cair de vez, assumindo para si a responsabilidade do programa de demissões anunciado recentemente e que vai jogar milhares e milhares no “olho da rua”. O comunicado desses verdadeiros inimigos dos trabalhadores, gerou uma crise tão grande entre os funcionários da categoria, que ameaçam a continuidade do presidente bolsonarista, André Brandão no cargo. 

Porém, os verdadeiros patrões, os capitalistas donos de Guedes, posicionaram-se ao lado de Brandão, já que, é óbvio, as ordens vieram de cima e não do capacho executor dentro do BB. Neste sentido, o Banco anunciou, dia 11, um programa de desligamento voluntário para até 5.000 pessoas e o fechamento de 361 unidades, entre as quais 112 agências bancárias. A medida foi anunciada junto com a informação de que pode gerar uma economia de R$ 353 milhões neste ano, com despesas administrativas, acumulando um total de R$ 2,7 bilhões até 2025. 

O despejo em massa causou uma revolta intensa nos funcionários da capital,  Brasília. O presidente fascista, Jair Bolsonaro (sem partido), chegou a falar na reversão da iniciativa, pedindo até mesmo a saída de Brandão. Muito se especulou sobre a possível demissão , mas alguns dias depois, após a forte reação negativa do mercado sobre essa possibilidade, o governou mandou sinais de que Brandão ficaria. Guedes também saiu em defesa dele e de toda a equipe econômica neoliberal criminosa, afirmando que não haverão demissões. 

Os oito membros do colegiado do banco, Hélio Magalhães, o próprio André  Brandão, Débora Cristina Fonseca, Fabio Barbosa, José Guimarães Monforte, Luiz Serafim Spinola, Paulo Roberto Evangelista de Lima e até mesmo Waldery Rodrigues Júnior, secretário especial da Fazenda do atual governo, se reuniram esta semana e a ata da reunião foi publicada no dia 21. Contudo, o conteúdo é de autoria de apenas cinco deles — Magalhães, Barbosa, Monforte, Spinola e Evangelista, pois os demais participantes se abstiveram sobre o tema: o próprio Brandão, por razões óbvias, Waldery, que representa o controlador, e Débora Fonseca, indicada pelos funcionários. Ainda no documento da reunião, os inimigos da categoria deixam claro que o Programa de Ajustamento de Quadros (PAQ) foi aprovado “em caráter permanente” pelos conselheiros em 2019. “A aprovação dos programas cumpriu toda governança da companhia, tendo transitado, inclusive, pela Secretaria de Coordenação e Governança das Estatais (Sest) do Ministério da Economia”, garante o documento.

“Não poderia ser diferente, pois os conselheiros aqui signatários reiteram seu compromisso com as melhores práticas de governança corporativa, com a estrita observância de suas atribuições estatutárias e de seu dever de diligência, lealdade e defesa dos interesses da companhia que lhes é exigido pela Lei 6.404/1976, notadamente os arts. 153 a 155. Com efeito, não seria admitido a estes conselheiros anuir com qualquer prática que porventura viesse a ser adotada contrariamente aos melhores interesses da companhia e de seus acionistas, especialmente à luz das disposições das Leis 6.404/1976 (art. 116, § único) e 13.303/2016 (arts. 14, II, e 15)”, assinam os criminosos.

Na íntegra da nota podemos ver que os conselheiros reconhecem que são eles os guardiões das boas práticas na empresa e de seu melhor interesse, conforme manda a Lei das Sociedades por Ações, e que não vão concordar com nada que vá contra isso. Sendo assim, os 5 mil funcionários valem zero e o lucro para a privatização dos banqueiros internacionais, pode valer até mesmo R$ R$ 97,5 bilhões. 

Sobre o mercado, o banco encerrou o dia 21, avaliado em R$ 97,5 bilhões, após queda de 1% nas ações, para R$ 34,18. Nos dias seguintes ao anúncio do programa de demissões, antes e depois, a ação era negociada por volta dos R$ 39.

Vale acrescentar mais uma parte da ata dos serviçais dos banqueiros aqui: “O BB sabe que a automação, a incorporação de tecnologia de informação e a super digitalização dos processos são inexoráveis no setor financeiro, sendo dever da instituição ter um quadro funcional capacitado, bem treinado e motivado, e com um custo compatível com seus concorrentes privados”.

 Mais uma mensagem aos investidores, dizendo que o BB se compara aos bancos privados. Porém, a mentira é ainda mais criminosa do que tudo que está sendo feito.
O BB foi avaliado em torno de R$ 133 bilhões em anos atrás, o que, é uma miséria. Para qualquer um que entenda o mínimo de economia sabe que um banco rende valores em bilhões todos os anos.

Por exemplo, BB é uma empresa pública que dá dinheiro: o banco lucrou R$ 18,1 bilhões em 2019 e pagou R$ 3,4 bilhões em dividendos para o governo federal no mesmo ano. Na década entre 2010 e 2019, o lucro médio foi de R$ 16,3 bilhões em cada ano. No mesmo período, a média anual de dividendos pagos para a União foi de R$ 3,6 bilhões.

É preciso lembrar, também, que em agosto de 2020, a Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (Anabb) escreveu uma carta endereçada ao presidente Jair Bolsonaro solicitando que não seja feito nenhum tipo de privatização do banco, ou de partes dele, sem a decisão passar pela análise do Congresso Nacional.

Para acelerar a política atual de desestatização, a equipe econômica do governo tem recorrido a uma estratégia de vender partes das empresas. Além do Banco do Brasil, isso também é observado na venda de subsidiárias da Petrobras.

Então, é óbvio que os capitalistas estão preparando a privatização total do banco, por mais que digam que não estão cometendo tal crime contra o patrimônio público dos brasileiros. 

É preciso ocupar as agências e lutar nas ruas pela derrubada de todos os golpistas, assim como na Petrobras, Ford, empresas de energia, escolas, pois é a única forma de barrar o golpe de Estado, que está avançando ainda mais contra os trabalhadores.

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