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Coronavírus

Pandemia e luta de classes

A luta de classes é um fato da vida real e não conhece pausa, nem descanso, e determina TODOS os aspectos da vida social

Por Natália Pimenta

Diante da pandemia do coronavírus, o Partido da Causa Operária apresentou um programa de luta e de mobilização dos trabalhadores.

Deixamos claro que a quarentena é apenas uma medida, mas não é universal; não pode ser aplicada para todos. As fábricas continuam a funcionar, bem como supermercados, farmácias e outros. Além disso, há aquele setor que não pode se dar ao luxo de se trancar em casa: eles precisam todos os dias garantir sua sobrevivência. E para que essas pessoas de fato sobrevivam, tanto ao vírus quanto à miséria, é necessário mobilizar.

Essa posição escandalizou a esquerda pequeno-burguesa. Estaríamos disseminando o vírus. Como se ele não estivesse sendo disseminado pela total falta de condições dadas aos que são obrigados a sair de suas casas.

Mas esse não é o centro da questão.

A chave do problema dessas diferentes posições está na luta de classes.

A pequena burguesia coloca o problema de saúde acima da luta de classes. Ou seja, deveríamos suspender a luta de classes para “garantir” a saúde.

Essa fórmula só seria correta se não existisse de fato a luta de classes. Se essa fosse apenas um termo inventado por sociólogos, sem base nenhuma na realidade. Mas ela não é.

A luta de classes é um fato da vida real e não conhece pausa, nem descanso, e determina TODOS os aspectos da vida social.

A fórmula “saúde acima da luta de classes” seria correta se vivêssemos em um mundo em que a humanidade estivesse unida para enfrentar a pandemia que está tomando conta do globo. Mas ela não está.

Sendo assim, é a luta de classes que determina como a pandemia vai ser tratada, se a prioridade dos governos será a “economia”, ou seja, os grandes capitalistas, ou a população. Se a prioridade será fazer tudo o que for necessário para controlar a epidemia ou se vão economizar e deixar a doença se espalhar. Se vão dar condições para a população sobreviver durante a crise ou se a miséria vai tomar conta.

Assim como no naufrágio do Titanic, em que salvaram-se mais homens da primeira classe do que mulheres e crianças da terceira classe, o mesmo está para acontecer com a pandemia.

Salvaram-se naquela ocasião porque eram grandes capitalistas e banqueiros, porque estavam lá alguns dos homens que dominavam o mundo na época. E na hora do desastre, eles não se preocuparam com ninguém. Abandonaram os pobres à própria sorte e correram para salvar as próprias vidas.

Alguém acredita que agora seria diferente?

A burguesia imperialista que domina o mundo não está preocupada com a humanidade, está apenas preocupada com ela mesma. Numa sociedade dividida em classes, os que estão por cima são capazes de provocar um genocídio para se salvarem.

Aliás, eles já promovem genocídios para salvar as suas fortunas. E é o que eles vão fazer agora, em escala global.

O governo norte-americano, por exemplo, já anunciou um pacote que está chegando aos US$ 2 trilhões para salvar os grandes capitalistas, banqueiros e especuladores; não a população. Essa é a política da maioria dos governos, antes defensores da “austeridade”, do controle da dívida, e que agora estão liberando uma quantidade gigantesca de dinheiro para os capitalistas.

Nesse cenário, a proposta da esquerda pequeno-burguesa é uma proposta de conciliação com a burguesia, pois pregam a inação dos trabalhadores enquanto os grandes capitalistas estão cuidando muito bem dos interesses deles, enquanto deixam a população à própria sorte.

A luta de classes não conhece trégua.

A proposta da esquerda pequeno-burguesa é criminosa, pois diz: fique em casa que o governo cuidará de nós. No Brasil, é uma proposta particularmente criminosa. Estão chamando a população a confiar em Bolsonaro, Witzel, Doria e outros para cuidar da população. Aqueles que propõem matar 30 mil, que atiram na população de dentro de um helicóptero, vão cuidar da população diante da pandemia do coronavírus. Evidentemente não vai acontecer.

Em um mundo dominado pelo imperialismo, a força mais feroz e desumana que a humanidade já conheceu, a pandemia não será controlada (não está sendo) e a sua superação se dará sobre os cadáveres da população pobre, que é a maioria do planeta.

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