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Futebol infectado

Pandemia: dez jogadores do Corinthians estão infectados

O recente surto do time paulista é mais um dos vários que aconteceram mas revela a pressão capitalista para a continuidade dos jogos mesmo com o agravamento da pandemia.

Nesta última quarta, o Corinthians anunciou que dez jogadores testaram positivos para a COVID-19, até o momento nenhum deles relatou algum sintoma para a doença que já ceifou a vida de, pelo menos, dois milhões de pessoas no mundo todo. Este é mais um surto que afeta um time do campeonato brasileiro forçado a acontecer para garantir os investimentos dos capitalistas do futebol e seus patrocinadores.

Este surto mostra a gravidade de pandemia que assola o país. O elenco do time paulista atualmente está com 34 jogadores. Desta vez testaram positivo: Danilo Avelar, Mantuan, Léo Santos, Castellani, Walter, Ruan, Matheus Davó, Luan, Everaldo e Ramiro. Eles cumprirão quarentena de dez dias e por isto serão desfalque nas partidas contra o Bahia nesta quinta e o Ceará, na próxima quarta. Entretanto como os jogos no campeonato brasileiro estão encavalados os três últimos estiveram em campo contra o Bragantino na última segunda feira e podem ter infectado qualquer pessoa que teve contato ou proximidade com eles.

Mas vale apontar que num grupo de 34 jogadores um terço testou positivo ao mesmo tempo, um grupo de trabalhadores que são testados a cada 36 horas antes de uma partida porque a determinação da CBF é todo elenco seja testado mesmo se o jogador estiver machucado. Em suma se um terço do elenco de um dos principais times brasileiros, que não precisam pegar nem trem ou metro para ir trabalhar o que pode se esperar da situação da população que não pode se deslocar de outra maneira.

Levando em conta que os governos tanto estatuais como o federal só testam quem está doente, passados dez meses de pandemia o Brasil nunca conseguiu mensurar a real situação da pandemia no Brasil, pois o que já se sabe é uma grande parcela do infectados ficam assintomáticos ou começam a sentir os sintomas depois do período principal em quem podem contaminar as pessoas próximas. Este surto não se limita ao time do Parque São Jorge. O Fortaleza teve 26 casos no clube entre novembro e janeiro. Ontem foi informado que o técnico Enderson Moreira e mais dois componente da comissão técnica testaram positivos.

Não foi divulgado se parentes de jogadores que foram internados por causa da COVID-19 após o retorno das competições, mas o técnico do Santos, Cuca precisou ir para a UTI em novembro e sua família teve outros casos da SARS2 também. O técnico Vanderlei Luxemburgo testou positivo duas vezes, precisando ir para o hospital na segunda vez. Só que não ficou só nisto, mostrando como a Covid é um flagelo real, o técnico do São Bernardo, clube paulista Marcelo Veiga de 56 anos que faleceu pelas complicações da COVID-19 no dia 14 de dezembro.

Com tantos casos de COVID-19 e com tantas internações em hospitais e UTI cheias e estoque limitados  de oxigênio, os jogos deveriam estar acontecendo? Com certezas os empresários do futebol nem querem saber de interromper a temporada mais uma vez. Mesmo com o Brasil vivendo o pior momento da pandemia.

Toda esta situação mostra que se deve superar a expectativas que estes governadores e prefeitos estão preocupados com a população e especial com a classe trabalhadora. Somente a organização e a supervisão popular poderão exigir que efetivas medidas de combate à pandemia.

Não se pode esquecer os milhões de testes de COVID-19 vencidos em um galpão do aeroporto de Guarulhos, a farsa de uma vacinação sem vacina para pessoas somente para realizem fotos e vídeos promocionais entre outros descasos que o povo brasileiro já presenciou durante este período.

Em abril o partido da causa operaria propôs um programa de combate em que nele defendia entre várias medidas práticas: a formação de conselhos populares para a fiscalização do serviço de saúde que agora deve incluir o processo de vacinação, estatização de todo o sistema de saúde incluindo laboratórios e produção de equipamentos, aumento dos leitos nos hospitais públicos e contratação do pessoal necessário para enfrentar a pandemia, estabelecimento de um sistema de teste em todos os lugares, formação de comitê para o controle do abastecimento e especulação com os gêneros de primeira necessidade e a proibição da superlotação do transporte público.

Nem todas foram listadas, pois são 32 medidas só que é preciso mais uma. Após a destituição de Bolsonaro pela mobilização popular, a realização de novas eleições gerais com Lula candidato. Este é o real caminho para a superação da crise que o Brasil tem vivido desde 2016.

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