Denúncias surgiram por todos os lugares em relação ao aumento do trabalho com as equipes de enfermagem. O setor mais vulnerável da saúde no combate ao vírus e o que é pior remunerado, colocado na linha de frente contra a pandemia nos hospitais.
Relatos colocam que funcionários não podem ver a cerca de um mês seus próprios filhos. Forçados a se isolarem da família pelo alto risco de contagio, justamente devido as péssimas condições de trabalho sem os equipamentos de segurança necessários. Além disso, a carga horária é estressante, tendo muitos profissionais trabalhando em mais de um hospital.
São mais de 2,3 milhões de profissionais de enfermagem que estão nesta linha de frente, que, graças a política dos golpistas, são obrigados a enfrentar diretamente todos os problemas da pandemia.
Em uma comparação direta, há apenas 400 mil médicos durante a campanha, sendo que suma maioria, as mulheres, com mais de 86% do total, ocupam estes cargos.
São trabalhadoras colocadas como obrigadas a trabalhar constantemente, muitas desmaiam, outras relatam o desespero psicológico, o medo do vírus, de contaminar-se e morrer nos hospitais que, como bem todos sabem, não fornecem ajuda alguma ao povo.
Isto é, há o fato de muitas serem também donas de casa, presas ao trabalho doméstico e familiar. Com a pandemia e seu trabalho, muitas mulheres receberam uma sobrecarga absurda para ganharem em geral menos de dois mil reais por mês.
Esta situação é clara, dada a política genocida dos golpistas. O povo vem se sacrificando para conter a pandemia, enquanto boa parte dos recursos financeiros do Estado são enviados para bancos e empresas privadas. Não há garantia nenhuma de não ser infectado, sequer há materiais básicos em muitas unidades, o trabalho é como em uma guerra, dado para morrer.
Como se não bastasse, a categoria sofreu recentemente um forte ataque a sua base salarial. Os funcionários da saúde agora estão largados a própria sorte, com baixíssimos salários e sem nenhuma perspectiva.
A maioria é vencida pelo cansaço. A esquerda precisar agir imediatamente, organizar este setor para uma forte mobilização por suas vidas.