Embora a abertura dos Jogos Pan-Americanos esteja marcada para esta sexta-feira (26), a competição já começou para algumas modalidades.
No handebol, a seleção feminina — campeã do Mundial de 2013, invicta há 24 anos nos Jogos Pan-Americanos e atual pentacampeã do torneio — confirmou o favoritismo e venceu os seus dois primeiros jogos.
Na quarta-feira (24), enfrentou um rival tradicional na estreia, a seleção de Cuba, e venceu o duelo por 29 a 20. No dia seguinte, as brasileiras entraram em quadra novamente e realizaram um verdadeiro massacre contra a seleção canadense, vencendo o jogo por incríveis 41 a 12, ou seja, um placar com 29 gols de diferença. Com esses resultados, a seleção brasileira encaminhou a sua classificação para as semifinais da competição, que está sendo realizada em Lima, no Peru.
Os Jogos Pan-Americanos deste ano têm se caracterizado pela sua quase completa ausência nos noticiários e nas coberturas da mídia burguesa. Isso, de um lado, é o reflexo da maneira como as nações imperialistas do continente, EUA e Canadá, encaram a competição. Os dois países, que são potências econômicas e esportivas, ao contrário dos demais, não costumam trazer ao Pan os seus melhores atletas, a sua “elite” esportiva. Na maioria das vezes, escalam atletas jovens, do segundo escalão e até mesmo semiamadores, como é o caso da seleção canadense de handebol feminino. De outro lado, o torneio acontece no momento em que o continente é devastado pela política imperialista de ataque às condições de vida dos povos latino-americanos e às economias locais, com o objetivo de favorecer os grandes monopólios imperialistas diante da crise geral da economia capitalista. Isso significa que o Pan acontece em meio a um cenário de derrota e desmoralização dos povos oprimidos da região, o que explica também os vários problemas infraestrutura do evento, a reduzida participação popular e o consequente pouco “brilho” dos Jogos.