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Pan-Americanos começam com pouca divulgação da imprensa golpista

Os Jogos Pan-Americanos de 2019, realizados em Lima, no Peru, começaram nesta quarta-feira, dia 24. Até 11 de agosto, cerca de 6700 atletas de 41 delegações disputarão medalhas e vagas para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

O curioso é que, nesse início de competição, o que mais mais chamou a atenção, ao invés dos jogos, das disputas e das performances dos atletas, foi a pouquíssima divulgação e a cobertura precária do evento até agora.

A TV Globo, integrante do principal monopólio de comunicação do País, não transmitirá as competições, já que os direitos para emissoras abertas pertencem à Record, que, por sua vez, exibirá um número reduzido de eventos ao vivo. A emissora do bispo Edir Macedo diz oficialmente que exibirá em seu canal principal cerca de 3 horas por dia, com noticiários e transmissões ao vivo, ao longo do Pan. No mais, quem quiser acompanhar as competições com mais detalhes, deve recorrer aos canais pagos.

Um primeiro ponto que ajuda a entender essa questão é como os EUA e o Canadá encaram essa competição. Como potências imperialistas, como países ricos e mais desenvolvidos, os dois países assumem a condição de potência olímpica e, por isso, conseguem produzir uma quantidade maior de atletas de nível mundial. Em razão dessa superioridade econômica e, portanto, esportiva no continente, EUA e Canadá se dão ao luxo de não levar os seus atletas titulares, de primeiro escalão, de forma que costumam inscrever atletas de nível mais baixo, em geral jovens, principalmente na natação, no atletismo e nos esportes coletivos em que são dominantes. Situação diferente ocorre com os países latino-americanos, de desenvolvimento capitalista atrasado, que não podem abdicar de seus melhores atletas, o que faz com que os Jogos Pan-Americanos adquiram uma maior importância para eles, convertendo-se numa verdadeira “Olimpíada das Américas”.

Os monopólios de comunicação da direita, umbilicalmente ligados ao imperialismo norte-americano, refletem inevitavelmente esse quadro e, assim, não fazem mais do que imitar as potências a que se subordinam, enviando também o seu “time reserva”, o que se traduz na pouca ou nenhuma importância atribuída ao evento.

Há algo, no entanto, que talvez seja mais importante para explicar o tratamento que o Pan vem merecendo da imprensa golpista.

A política de rapina do imperialismo na América Latina, expressa na série de golpes de Estados que tiveram início há mais ou menos uma década, vem produzindo um cenário de miséria e destruição em todo o continente. A deterioração das condições de vida dos povos oprimidos, o desemprego, a destruição das economias locais em favor do capital monopolista estrangeiro, sucateamento dos serviços públicos, o ataque contra os direitos democráticos da população — tudo isso expõe a crise social que atravessa o continente e se reflete, com maior ou menor claridade, nos Jogos Pan-Americanos: baixos públicos, estruturas esportivas inacabadas, pouca atenção midiática.

Um evento dessa magnitude, que abarca o continente americano inteiro, tem sempre a capacidade de expressar, em maior ou menor medida, as condições sociais, o clima político e o ânimos dos povos. É um momento que abre a possibilidade de saber como os atletas se preparam para a competição; se tiveram os recursos adequados para o treinamento ou não; se os governos de plantão incentivaram ou destruíram as políticas de incentivo ao esporte. É mundo que abre a possibilidade de saber um pouco mais da situação política dos países; se as torcidas e os atletas se manifestam politicamente ou não. É um momento que abre a possibilidade de aferir o estado de espírito da população; medir sua presença e assiduidade nos jogos; avaliar seus comportamentos e suas manifestações.

A imprensa golpista não tem interesse em divulgar os Jogos Pan-Americanos porque não tem interesse em divulgar os resultados desastrosos da política que defende.

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