Não é de agora que o governo dos Estados Unidos tem utilizado sanções econômicas criminosas para exercer sua influência imperialista ao redor do mundo. Um ótimo exemplo disso foram as sanções lançadas contra o governo de Cuba durante a década de sessenta, sabotando o desenvolvimento da nação de forma internacional. Entretanto, com a crise do coronavírus chegando, cada vez mais, a pontos críticos, essas sanções reforçam seu caráter genocida.
Afinal de contas, o que é uma sanção? Sanções internacionais unilaterais são ações tomadas por um único país contra outros países por motivos políticos. No caso das econômicas, se manifestam por meio proibição do comércio, da adoção de acordos comerciais e da suspensão de benefícios fiscais aos países atingidos.
Nesta terça-feira (21), 10 países assinaram um documento que foi enviado à ONU, direcionado à Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet. O documento denuncia como essas sanções são uma expressão genocida e desumana da política econômica estadunidense. Camboja, China, Cuba, Coréia do Norte, Irã, Nicarágua, Rússia, Síria, Venezuela e Zimbábue pediram intervenção por parte do órgão internacional, exigindo que as medidas ilegais do governo dos Estados Unidos fossem anuladas, alegando que a crise do coronavírus é um problema mundial e que deve ser resolvido de forma coletiva.
Na carta, dizem:
Durante décadas, essas sanções unilaterais foram um instrumento do arsenal da política exterior de guerra, o que constitui uma violação flagrante do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, em detrimento dos direitos humanos fundamentais, incluindo o direito ao desenvolvimento.
E finalizam com a seguinte mensagem à Michelle Bachelet:
Confiamos que você, Senhora Alta Comissária, concederá a atenção que merece o nosso lamento para que se adotem medidas urgentes em apoio à solidariedade humana mundial a fim de eliminar as medidas coercitivas unilaterais como passo essencial para impulsionar uma campanha centralizada em luta contra a pandemia do Coronavírus em todo o mundo.
Essa política de sanções econômicas unilaterais possui um único objetivo: propagar a pobreza e garantir a permanência dos Estados Unidos como potência imperialista controladora da economia mundial. Na prática, têm impossibilitado a chegada de medicamentos, máscaras, álcool em gel, alimentos, petróleo e serviços de necessidade básica aos países afetados, colocando a população local em uma situação extremamente precária. Além disso, é uma política responsável por grandes crises econômicas, uma vez que os países afetados param de receber auxílios econômicos e tem seus acordos comerciais com outros países suspensos, devido a pressão violenta exercida pelos Estados Unidos. Acima de tudo, é uma ação direta e consciente, verdadeiramente genocida, que será responsável pela morte de milhões de pessoas ao redor do mundo.
É dever dos trabalhadores e suas organizações denunciarem estas ações criminosas dos Estados Unidos e colocá-los como verdadeiros responsáveis pelo agravamento da crise do COVID-19 ao redor do mundo, principalmente nos países menos desenvolvidos. Donald Trump, como principal encarregado por essas medidas, deve ser derrubado, pelo povo, por negligência e, principalmente, pela morte de uma grande parcela da população dos países afetados.