Após ter 1169 mortos dentro de 24 horas, batendo o recorde no número de mortos em um dia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o país pode chegar a ter 240 mil mortos por causa da pandemia do coronavírus. O número de 240 mil mortos é uma das análises mais otimistas, que gira em torno de 100 e 240 mil pessoas mortas. Em outras análises, entretanto, o número pode chegar a 2 milhões.
Mesmo sendo o país mais rico do planeta, os EUA possuem um sistema de saúde completamente falido, que somente existe para encher os bolsos dos grandes capitalistas donos de hospitais. O país não possui um sistema de saúde público e todo o atendimento médico é pago no país. A população não recebe nenhum tipo de auxílio do governo e, muitas vezes, ficam sem o atendimento médico.
Os EUA se tornaram o novo epicentro da crise mundial da saúde causada pelo coronavírus, tendo, inclusive, que recorrer a ajuda humanitária vinda de países bem menos desenvolvidos, como é o caso da Rússia e da China.
Além de não possuir um sistema de saúde para todos, os EUA também estão com falta de máscaras, luvas e outros equipamentos de proteção para conter o vírus. Há também a falta de respiradores para toda a população do país.
Em muitos locais do país a classe trabalhadora começou a se organizar, promovendo greves e paralisações por melhores salários e medidas de segurança.
Se esse desastre é possível em um país como os Estados Unidos, o que acontecerá no Brasil, que, além de vir destruindo o sistema único de saúde nos últimos anos, agora fica a mercê de um governo fascista que não está minimamente preocupado com a população mais pobre, transferindo toda a crise econômica e toda a crise de saúde para os trabalhadores, enquanto salva os mais ricos e suas empresas? É preciso uma forte mobilização popular para que o país entre em uma economia de guerra contra o coronavírus e salve a vida da população.