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A ordem é dobrar o povo venezuelano

Ouro venezuelano pilhado pela Inglaterra impede compra de vacinas

Apesar das agruras o povo venezuelano resiste

No último dia 12 de fevereiro o Alto Comissariado para Direitos Humanos das Nações Unidas publicou um relatório preliminar da sua Enviada Especial à Venezuela, Alena Douhan, avaliando o impacto negativo que as sanções unilaterais impostas pelas potências imperialistas, principalmente os Estados Unidos, têm causado nos direitos humanos dos cidadãos do país sul-americano.

De acordo com o documento, a economia venezuelana foi asfixiada pela guerra econômica que lhe vem sendo movida. A prestação de serviços básicos, insuficiente há longo tempo, está incapacitada a dar resposta às demandas advindas com a chegada ao país da pandemia da COVID-19. Ainda segundo o relatório a receita do estado venezuelano teve uma queda de 99% com relação ao período anterior às sanções econômicas. A funcionária da Organização das Nações Unidas (ONU) exortou os governos do Reino Unido, Portugal e Estados Unidos e seus bancos a liberar os fundos do Banco Central da Venezuela para a compra de vacinas, remédios, alimentos e equipamentos entre estes equipamentos médicos.

Em discurso pronunciado no último domingo (14/03) o Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, dirigiu-se às autoridades do Reino Unido pedindo que sejam liberados US$ 300 milhões em ouro pertencente ao seu país e depositados no Banco da Inglaterra que se encontram ali bloqueados. Os bens seriam destinados a garantir a obtenção de vacinas para o povo venezuelano através da iniciativa COVAX. Trata-se esta de um esforço internacional para garantir acesso global universal às vacinas contra a COVID-19. Ainda no início de 2020 quando a pandemia estava no seu início o historiador suíço-estadunidense e especialista em direitos humanos disse que como resultado das sanções mais de 100 mil venezuelanos morreram devido à dificuldade de acesso em tempo hábil a remédios.

Os meios de comunicação imperialistas procuram retratar os problemas econômicos da Venezuela como algo que teve início após a ascensão do governo bolivariano, primeiro tendo à frente Hugo Chávez e depois Nicolás Maduro e procuram passar a falsa impressão de que anteriormente o país era próspero. Isto, no entanto, está bem longe da verdade.

Entre 1983 e 1998 a renda do país caiu 14% em termos reais. Dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) dão conta que em 1998, 68% dos venezuelanos viviam abaixo da linha da pobreza. O índice de desemprego era de 11,2% e a taxa de inflação era de 35,8%. O regime bolivariano só foi inaugurado na Venezuela em 1999 com a posse de Hugo Chávez na presidência. Até então o país não sofria pressões ou sanções vindas dos países imperialistas. Após o advento do regime bolivariano a economia da Venezuela apresentou sensível melhora e muitos venezuelanos foram retirados da pobreza.

Contudo após o fracassado golpe de 2002 as pressões sobre o regime foram se tornando mais intensas principalmente a partir de 2015. Estas têm o poder de tornar pouco eficientes todas as medidas que o governo possa tentar implementar para aliviar o sofrimento dos venezuelanos. O país simplesmente não dispõe dos meios necessários para manter a infraestrutura ou políticas públicas. Há escassez de maquinaria, peças de reposição, eletricidade, água, combustíveis, gás, alimentos e remédios.

Os bens congelados em bancos dos Estados Unidos, Reino Unido e Portugal remontam a US$ 6 bilhões. Os pagamentos feitos por empresas públicas são congelados e os bens por elas comprados bloqueados. Pessoas físicas e jurídicas têm dificuldades para abrir contas em bancos estrangeiros. A lista de dificuldades é longa. No horizonte não há perspectivas de alívio nas medidas que o imperialismo vem mantendo na tentativa até agora frustrada de que o regime caia em razão de uma rebelião popular ou de uma simples capitulação. Dada a disposição belicosa que o governo Biden tem demonstrado em outras partes do mundo é de se esperar que os Estados Unidos apertem mais a tenaz indiferente ao sofrimento do povo venezuelano.

Contra isso, o governo venezuelano, apoiado nas amplas massas populares, precisa se confrontar de maneira direta e radical com a oposição golpista e a burguesia interna, vassalos do imperialismo, e confiscar a propriedade dos conspiradores, bem como dos monopólios capitalistas.

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