Até esse último domingo, a candidatura do ex-presidente Lula à presidência da república já havia recebido sete pedidos de impugnação, o primeiro deles foi protocolado pela Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, na própria quarta-feira, dia 15 de agosto, data final do registro das candidaturas. Dentre os “ilustres” nomes que protocolaram os pedidos no Supremo Tribunal Eleitoral, estão o do candidato fascista Jair Bolsonaro e do ator pornô Alexandre Frota.
A agilidade da burguesia e seus capachos em tentar cassar a candidatura de Lula revela o desespero dos golpistas com o crescimento cada dia maior do apoio ao ex-presidente. É necessário destacar que o desespero é consequência direta da grandiosa e fundamental mobilização ocorrida em Brasília no dia 15 de agosto, na qual milhares de ativistas, militantes, seus partidos e movimentos de luta marcharam até o TSE para exigir o registro de Lula como candidato à presidência.
A manifestação botou medo nos golpistas obrigando-os à agirem as pressas contra a candidatura de Lula. Este fato comprova também, na prática, que o caminho para a derrota do golpe é a mobilização popular, somente o povo mobilizado nas ruas, não apenas assusta os golpistas, mas também pode impor uma derrota definitiva a eles.
Outro fato que se destaca é a ameaça real que a candidatura do ex-presidente representa à direita. A agilidade em tentar barrar Lula de toda as formas pela direita, demonstra que, no interior do terreno eleitoral, a candidatura Lula é a única que pode impor uma derrota a direita. Devido ao seu vínculo direto com a classe operária, seus sindicatos e movimentos de luta, Lula expressa concretamente o repúdio popular ao golpe de estado.
Nesse sentido, é um erro e uma completa capitulação à direita abandonar a luta pela candidatura de Lula em nome de um plano B, o que cairia como uma luva para os planos dos golpistas. O desespero e o medo da direita a Lula indica, sem deixar qualquer dúvida, que o caminho é brigar até o fim para que Lula seja de fato candidato. Isso só pode ser feito seguindo o exemplo do último dia 15, ou seja, intensificando a mobilização popular em todas as regiões do país em defesa da liberdade do ex-presidente e de sua candidatura. É preciso também convocar, no dia do julgamento da candidatura de Lula, um gigantesco ato em Brasília, dez vezes maior do que o dia 15, e exigir de uma vez por todas que Lula seja candidato e seja eleito.