O governo ilegítimo de Bolsonaro é o avanço do golpe de estado no Brasil, iniciado com a deposição da presidenta Dilma Rousseff. A equipe do próximo governo já está sendo articulada por inúmeras figuras comprometidas com o golpe, como o juizeco de Curitiba, o “Mussolini de Maringá”, Sérgio Moro, e figuras comprometidas com a política pró-imperialista, como o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes.
Mas um dos principais setores golpistas que terá participação decisiva no governo é o militar. Bolsonaro está garantindo cargos importantes para generais comandarem. Entre eles está general Augusto Heleno Ribeiro, para o cargo do Gabinete de Segurança Institucional (CGI), oficial da reserva que participou diretamente da elaboração do programa de governo de Bolsonaro. Foi pela proximidade ao presidente eleito. Heleno foi comandante militar da Amazônia, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia e é um dos nomes de confiança da equipe de Bolsonaro. O GSI é o órgão que coordena a Inteligência do Estado brasileiro, ou seja, é o setor da perseguição política, responsável pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que vai vigiar e perseguir os grupos políticos e movimentos sociais. Será o ministério da caça aos comunistas e às organizações populares.
Outro general em comando será Fernando Azevedo e Silva que irá assumir o Ministério da Defesa de Bolsonaro. Ele é o atual assessor do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. É um homem importante das Forças Armadas que atua diretamente no STF para impedir qualquer possibilidade de decisão democrática sobre a prisão de Lula.
De conjunto, vai ficando ainda mais evidente o caráter golpista do governo e a intervenção dos militares para fraudar as eleições, cujo governo aí gerado coloca em postos chaves os elementos diretamente responsáveis pela fraude, pela perseguição à esquerda e prisão de Lula que garantiram a vitória a um candidato minoritário da direita golpista.
Os militares já estão tomando conta absolutamente do regime político brasileiro, agora de forma direta participando do futuro governo executivo. Com militares, latifundiários e empresários no poder, pode-se ter certeza que um regime de brutal repressão contra a população pode está por vir. Por isso, é preciso mobilizar desde já contra o governo Bolsonaro, com a palavra de ordem “Fora Bolsonaro e todos os Golpistas”. O governo é ilegítimo e não pode nem ter direito de assumir.