Da redação – A equipe econômica de Bolsonaro está negociando com o relator da reforma da Previdência na Câmara, Samuel Moreira (PSDB-SP), um novo texto para a reforma da Previdência.
O governo continua em profunda crise, não consegue articular sua base no congresso. A “reforma” de Bolsonaro, que na verdade é a destruição da aposentadoria de milhões de trabalhadores, é tão impopular que nem os cafejestes tradicionais do Congresso Nacional querem aprová-la, com medo de estar cometendo um suicídio político.
Crise generalizada
Diante desta situação: o governo se encontra na corda bamba. De um lado, não consegue levar adiante a política dos capitalistas, por outro não tem apoio nenhum da população e com menos de 6 meses de governo, já está sendo alvo dos maiores protestos da última década.
No dia 15 de maio, milhões de trabalhadores saíram às ruas durante a Greve Geral da educação, quando professores e estudantes, além de paralisarem as atividades, organizaram atos gigantescos em todos os estados do país.
Desta forma, a ideia do governo para aprovar logo o roubo da aposentadoria dos trabalhadores pelos banqueiros é de reduzir a idade mínima de aposentadoria para professores e trabalhadores rurais de 60 anos (homens e mulheres) para 58 anos (mulheres) e 61 (homens). Isto é, trata-se de uma enganação que não melhora em nada a condição dos trabalhadores.
Porém, a alteração mais uma vez da proposta original é um fator que deixa bem claro a crise do Governo Bolsonaro, que não consegue estabelecer uma base no Congresso. Vale lembrar que o próprio Bolsonaro, em carta, revelou que ele estava sendo impedido de governar.