Nas redes sociais do PCdoB foi divulgada uma publicação onde se faz campanha contra o armamento, e afirma “Não quero ver meu filho armado, quero ver ele formado”, e na descrição da postagem “livros são fundamentais para apontar sempre o caminho do diálogo. Defenda ideias. Leia Mais!”
Essas colocações servem para causar mais confusão entre os trabalhadores, em especial nesse momento de avanço da extrema direita e da possibilidade de fechamento do regime político para uma ditadura militar.
Em primeiro lugar não existe a relação entre grande quantidade de armas e as pessoas serem “educadas”, pelo contrário, se observarmos países reconhecidos pela educação possuem, em geral, mais armas entre a população.
Estados Unidos, França, Suíça, Áustria, Alemanha, Finlândia, Suécia, Canadá e Austrália figuram como os países que mais possuem armas em relação a sua população, e em geral, possuem os maiores índices de educação do mundo e baixíssimos índices de criminalidade. Ou seja, os dados provam o contrário.
A opressão da burguesia contra a população mais pobre é o que impede o desenvolvimento da educação e os índices de criminalidade em patamares altíssimos. A medida que os trabalhadores possuem formas de se defender e de ter condições de lutar contra sua opressão, a burguesia tem que ceder para que não haja uma explosão social.
No atual momento em que a extrema direita está cada vez mais violenta, apresentar que ler livros e ser “questionador” vai mudar a situação é uma tremenda confusão e serve apenas para impedir que a classe trabalhadora tenha meios de se defender com o avanço do fascismo em decorrência do agravamento da crise econômica.
Para enfrentar a direita armada e as milícias fascistas formadas pela Polícia Militar é preciso armar a população e garantir o direito de autodefesa. Nada mais democrático.
O povo armado é garantir o direito de questionar a ordem vigente, de exigir, pela força das armas se necessário for, mudanças e contra a exploração. Incluindo para garantir o direito e acesso a educação de qualidade.