No programa “Análise Política da Semana” do último sábado (4), Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, enfatizou a importância dos Comitês organizarem a 2ª Conferência Nacional Aberta dos Comitês de Luta Contra o Golpe e ressaltou a necessidade de traçar um plano de mobilização de rua neste momento.
De acordo com Rui, “Do jeito que a coisa está indo, a gente não deve esperar das direções da esquerda, inclusive do PT, grandes ações de luta nem contra o Bolsonaro e nem pela Liberdade do Lula. Nós estamos nesta situação. Não quer dizer que, se o pessoal fizer alguma coisa, nós não vamos participar, que nós não vamos procurar impulsionar alguma coisa. Mas, é evidente que nós chegamos num ponto em que ou as pessoas que querem efetivamente se mobilizar, se mobilizem por fora desta pasmaceira, dessa discurseira, dessa frente ampla totalmente bizarra que estão procurando formar aí e fazem ações de verdade, ou não vai acontecer nada”.
Entre estas ações de verdade, Rui fala da importância da tiragem de mais material de propaganda e do trabalho contínuo em cima das duas palavras de ordem centrais “Fora Bolsonaro!” e “Liberdade para Lula”. Ele propõe também um programa de reivindicações em que devem constar: “o problema da previdência, a redução da jornada para 35h semanais para combater o desemprego, porque não se fala nada disso. É como se não tivesse desemprego nenhum. Às vezes o pessoal está esperando que o Bolsonaro vai aprovar um projeto para acabar com o desemprego. É preciso ter uma proposta de luta para acabar com o desemprego, a ameaça inflacionária, o ataque contra a educação, que é um ataque severíssimo, o ataque contra os sem-terra, vários assassinatos, como nós prognosticamos que, na hora que o golpe se consolidasse minimamente o ataque contra os sem-terra iria ser muito violento, o aumento da violência policial de caráter exponencial, o aumento de tudo aquilo que é atentado contra as conquistas dos trabalhadores, as conquistas sociais do povo e os direitos democráticos dos trabalhadores e do povo”.
O presidente do PCO salientou que é preciso colocar o movimento numa outra perspectiva. Não é possível ficar em compasso de espera enquanto algumas pessoas ficam paradas sonhando com as eleições. É necessário organizar os setores que querem se mobilizar.
