Em toda a luta contra o impeachment, contra a prisão de Lula e por sua liberdade, enfim, contra o golpe de estado, ficou comprovada a importância fundamental dos comitês de luta para a mobilização dos mais diversos setores dos explorados, para uma ação concreta contra os ataques da direita golpista.
Os comitês organizações compostas pelos militantes independentes e dos setores mais avançados politicamente dos mais diversos partidos – PCO, PT etc.
Os comitês de multiplicaram e organizaram atos, caravanas, abaixo-assinados e agruparam um amplo setor de ativistas, incluindo muitos jovens e trabalhadores que não participam de outras organizações, em geral, mais burocratizadas. Aí também se agruparam dirigentes de movimentos de lutas dos mais diversos setores de explorados.
Sem os comitês não teriam ocorrido os importantes atos nacionais contra a anulação do impeachment, em Brasília. Por certo, os atos contra a condenação de Lula, primeiro, e contra sua condenação, depois, em Curitiba e Porto Alegre, não teriam reunido dezenas de milhares de pessoas. Ainda mais se considerarmos a enorme resistência à essas mobilizações, por parte de alguns setores das direções tradicionais da esquerda que se recusaram a impulsionar essas atividades, por conta de sua posição reacionária de buscar um acordo, uma conciliação com os golpistas, ou seja, “virar a página do golpe”.
Com sua atividade, os comitês estão impulsionando o surgimento de um novo ativismo que vem compreendendo a importância da organização independente da burguesia, da direita, e da atividade por fora dos momentos eleitorais, das campanhas tradicionais dos sindicatos, ainda mais em um momento decisivo como o atual, quando o País está sob um regime golpista e sob um intenso ataque contra os direitos dos trabalhadores.
Em todo o País, foram criados milhares de comitês que realizaram dezenas de milhares de atividades, entre reuniões, debates, exibição de filmes, panfletagens, colagens de cartazes, atividades de campanha financeira, almoços etc. constituindo-se – de fato – em um polo de um verdadeiro ativismo de esquerda, de luta em defesa das reivindicações populares, contra a ofensiva da direita.
A fraude nas eleições, realizadas sem Lula e sob o controle das instituições do regime golpista, como o judiciário, a imprensa e as forças armadas, “elegeu” Bolsonaro. Com ele a direita golpista se prepara para uma nova etapa do golpe de estado, para intensificar a ofensiva contra o povo brasileiro. Neste momento, o trabalho dos comitês precisa se intensificar.
É preciso retomar as reuniões, criar novos comitês nos locais de moradia, trabalho e estudo.
A campanha agora deve girar em torno de uma intensa campanha contra Bolsonaro, e claro, pela liberdade do ex-presidente Lula, cuja condenação e prisão ilegal fica ainda mais evidente com a nomeação do juiz fascista Sérgio Moro para o “superministério” da Justiça do governo ilegítimo de Jair Bolsonaro: Lula é preso político, encarcerado sem provas por um adversário político, e não por um juiz “honesto e imparcial” com apresenta a imprensa golpistas.
Poucos dias após as eleições fraudulentas, fica ainda mais nítido que a chapa eleita pela fraude é a continuidade e o aprofundamento do golpe de estado e dos seus ataques contra os trabalhadores.
Mais do que nunca, os comitês e sua luta são imprescindíveis para deter essa ofensiva e derrotar o golpe. Organizar milhares de ativistas para uma ampla campanha e junto com as principais organizações de luta dos explorados, como a CUT, os sindicatos, o MST, a CMP, UNE etc. levar milhões às ruas pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas, pela liberdade de Lula e de todos os presos políticos. Pois apenas por meio da mobilização revolucionária das massas será possível derrotar o regime golpista.
*Para os que se interessarem ou quiserem participar ou formar um comitê de luta contra o golpe em sua cidade, entre no site: https://lutecontraogolpe.com.br/ .