Às vésperas das comemorações do Dia Internacional de Luta da Classe Trabalhadora, uma situação contraditória se apresenta nos inúmeros atos previstas para ocorrerem no Brasil.
O fato fundamental é a crise do governo Bolonaro e a tendência crescente à mobilização popular, que se expressa no repúdio ao próprio governo e na defesa da liberdade de Lula.
Por outro lado, a política das direções da esquerda burguesa e pequeno burguesa que, nesse momento, se colocam como um obstáculo à mobilização do conjunto dos explorados contra o governo e o regime golpista.
Como o presidente do PCO, companheiro, Rui Costa Pimenta assinalou em seu último program Análise Política da Semana e como o Diário Causa Operária vem destacando, em nome da “unidade”, o 1º de Maio está sob a ameaça da influência das direções reacionárias das”centrais sindicais” pelegas, que apoiaram o golpe de Estado que derrubou Dilma e o governo de Michel Temer.
Algumas dessas entidades – em primeiro lugar, a Força Sindical – , que tinham como tradição realizar atos patronais, com patrocínio de bancos e empresas capitalistas, governos burgueses, sorteios de brindes, convidados inimigos dos trabalhadores e de suas lutas (como Aécio Neves, Alckmin, Eduardo Cunha etc.), para concorrer com os atos da CUT, se viram pressionadas a participarem de um ato unitário tem um lado positivo, pois justamente é o resultado da agudização da polarização da sociedade. O problema é que em nome de proporcionar essa “unidade”, o caráter de luta de tais atos e suas reivindicações centrais sejam rebaixada para atender aos interesses das direções pelegas.
Dessa forma, é notório que a divulgação de tais atos buscam ocultar que os mesmos serão realizados no Brasil do golpe de Estado, no momento dos maiores ataques contra os trabalhadores de todos os tempos.
A pretexto da “unidade”, os atos não estão sendo convocados como atos de luta contra o governo ilegítimo de Bolsonaro e em defesa da liberdade do maior líder popular e sindical do País, e mesmo no que diz respeito à luta contra a reforrma da Previdência, sequer se deixa claro que estamos diante de um roubo de centenas de bilhões, que tem que ser derrotado na sua integralidade, uma vez que no interior do movimento há setores que defendem chegar a um acordo com o governo e o congresso golpistas.
Evitando tem clareza política e apontar uma perspectiva dos trabalhadores diante da crise e do regime golpista, os atos não destacam a necessária luta contra o golpe e nem mesmo contra a entrega do país para o imperialismo.
Nessas condições, é preciso que todo o ativismo classista dos partidos da esquerda, da CUT e demais organizações sindicais, dos movimentos populares, dos movimentos de luta do campo e da cidade e da juventude se unifiquem para participar desses atos com uma política combativa, para apontar uma perspectiva revolucionária para too o movimento, derrotando a tentativa de transformá-los em showmícios, atos eleitorais etc., em total falta de sintonia com as necessidades da etapa atual. Arregaçar as mangas e encarar o 1º de Maio, como deve ser: um dia de luta da classe trabalhadora!
Por isso, o PCO chama a todos os setores classistas a nos unificarmos, em grandes colunas vermelhas de militantes, com faixas e bandeiras, panfletos, jornais, tendo palavras-de-ordem centrais: Liberdade para Lula e todos os presos políticos! Fora Bolsonaro e todos os golpistasLula!