O suposto “atentado” contra o candidato a presidente Jair Bolsonaro está sendo bastante explorado pela imprensa burguesa. O PSOL, que nunca tem coragem de se posicionar contra o discurso da Rede Globo, já emitiu uma nota de repúdio contra o suspeito de ter esfaqueado o fascista lambe-botas dos Estados Unidos.
O “atentado”, no entanto, não deve ser levado minimamente a sério. Em primeiro lugar, há vários indícios de que as informações sobre o acontecimento estão sendo manipuladas em favor do candidato. Em segundo lugar, qualquer “vitimismo” de Bolsonaro é parte de sua campanha para esmagar os trabalhadores e demais explorados.
Bolsonaro, há pouquíssimos dias, disse que iria “metralhar” petistas. Quando a caravana de Lula foi alvejada no Sul do país, Bolsonaro apoiou as milícias fascistas. Qualquer reclamação por parte de seus assessores é ridícula – Bolsonaro fará muito pior com seus inimigos se puder.
A repercussão em torno do “atentado” só serve para uma coisa para os bolsonaristas: ganhar ainda mais recursos para atacar o povo amanhã. O ministro golpista Raul Jungmann já declarou que iria reforçar a “segurança” dos candidatos – isto é, mais repressão para a população.
Os trabalhadores não podem se deixar intimidar pelas ameaças da extrema-direita. É preciso formar imediatamente comitês de autodefesa e garantir, nas ruas, o espaço político da esquerda e das organizações populares.