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Os 80 tiros não são “engano”, são a política da direita para o país

O fuzilamento de um automóvel, em que se encontrava uma família, por militares do Exército em plena tarde desse último domingo, em Guadalupe, zona norte da capital carioca, matou o músico e pai de família, Evaldo Santos, de 53 anos, não foi um “engano”, como procura apresentar a Polícia Civil responsável pela investigação, mas trata-se de uma política deliberada da direita contra a população pobre e explorado do país.

“Foram diversos, diversos disparos de arma de fogo efetuados, e tudo indica que os militares realmente confundiram o veículo com um veículo de bandidos. Mas neste veículo estava uma família. Não foi encontrada nenhuma arma. Tudo que foi apurado era que realmente era uma família normal, de bem, que acabou sendo vítima dos militares”, declarou em entrevista o delegado Leonardo Salgado.

O delegado não poderia ser mais explícito. Se fosse bandido, estaria justificado o fuzilamento, como foi uma “família normal”, a versão passa para o campo do “engano”, da “confusão” e até mesmo uma “reação” diante de uma “injusta agressão” por assaltantes, como se pronunciou o Comando Militar do Leste, em defesa da covarde ação militar.

Não é preciso entrar nem nos detalhes macabros, que só vieram à tona por conta de denúncias de moradores da região que presenciaram a cena e pela própria família do morto, que por uma obra do destino conseguiu se salvar. Um trecho do depoimento da companheira de Evaldo, por si, diz tudo: “moço, socorre o meu esposo. Eles não fizeram nada e ficaram de deboche”.

A desculpa do “engano” não melhora em nada a situação. Foi uma ação deliberada de extermínio. Aliás, em nenhuma circunstância faria sentido dar 80 tiros em um carro, mesmo que estivesse em fuga. Com bandidos. Soldados não são juízes e o Brasil não tem pena de morte. Esse tipo de ação é incentivada pela extrema-direita, que está tentando transformar as polícias e o exército em esquadrões da morte institucionalizados.

O assassinato de Evaldo Santos tem o mesmo teor que o assassinato de 13 pessoas em uma única operação da PM em morros do centro do Rio, em fevereiro passado. Foram execuções. Essa é a prática cotidiana das forças de repressão no Rio de Janeiro e nas grandes cidades brasileiras contra a população pobre e explorada e particularmente os negros, como era o caso de Evaldo.

A extrema-direita, o Estado golpista procura transformar a barbárie cotidiana contra a população em estatísticas, que de nada adianta para a população vítima do extermínio sistemático. Evaldo dos  Santos será daqui a pouco mais um Amarildo e outras centenas, milhares de pessoas serão incorporadas à lista macabra dos grupos paramilitares.

Os bolsonaros, os witzels, os dorias tem que ser detidos. O Estado assassino que defendem, assim como defendem todos os golpistas, tem o propósito de reprimir a população diante da reação inevitável que ocorrerá em oposição a política de rapinagem e destruição das mínimas condições de vida e sobrevivência do povo e do próprio Estado e que tem como um dos métodos fundamentais o extermínio indiscriminado dessa mesma população.

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