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Entreguismo

Os 22 aeroportos que os golpistas querem privatizar em 2020

Meta do governo é passar para a iniciativa privada todos os terminais sob responsabilidade da Infraero até 2021

A política entreguista de Jair Bolsonaro para a economia vai de vento em popa. Depois de privatizar 12 aeroportos em março de 2019, o governo anunciou a entrega de mais 22 aeroportos brasileiros para a iniciativa privada até o fim de 2020. A meta é “vender” todos os terminais sob responsabilidade da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) até 2021, o que deve extinguir o órgão. Os terminais desta rodada de privatizações estão localizados, principalmente, nas regiões Sul, Centro-Oeste e Norte.

A entrega oficial dos 22 aeroportos será por meio de leilão que está previsto para outubro. Ainda não foi definido o valor de outorga – preço que as empresas vencedoras pagam à União. Os aeroportos foram agrupados em blocos para a venda, sendo que cada bloco terá um aeroporto mais rentável e outros com menor demanda de passageiros. Com esse modelo de licitação, não será possível para os consórcios adquirirem a concessão de um único aeroporto. A estratégia do governo demonstra sua meta de “se livrar” de todos os terminais, inclusive os menos lucrativos.

Segundo a organização do Ministério de Infraestrutura, o bloco Sul contém nove aeroportos, incluindo o de Curitiba que é o mais atrativo. No bloco Central, serão entregues o aeroporto de Goiânia e mais cinco. O terceiro bloco da rodada de leilão será o Norte I, com sete aeroportos, sendo o de Manaus o mais lucrativo. Em 2018, os terminais dos três blocos movimentaram 23,7 milhões de passageiros, ou seja, 11,2% do mercado nacional de aviação.

A imprensa burguesa destaca que a entrega dos aeroportos deve fortalecer o que chamam de retomada na economia. No entanto, o cenário de crise com alta no valor dos combustíveis, que representam mais de 20% dos custos operacionais diretos de um voo, e das passagens aéreas devem frear o número de passageiros do transporte aéreo. Além disso, a privatização deve comprometer milhares de postos de trabalho da Infraero.

Ainda assim, os números sobre a movimentação de passageiros dão uma ideia do quanto as empresas do setor aeroportuário poderão lucrar com a “compra” dos aeroportos – as concessões terão duração de 30 anos. Os dados de 2018 colocaram o Brasil como o terceiro maior mercado de transporte aéreo do mundo.

Vale lembrar também que os aeroportos receberam grande investimento dos cofres públicos nos governos do PT com reformas e ampliações para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas em 2016. Segundo o Tribunal de Contas da União, as obras relativas a aeroportos custaram R$ 6,2 bilhões – isso até a data do campeonato mundial.

Finalmente, é importante destacar que esta é apenas a segunda rodada de privatizações. O governo federal garante que fará, ainda, uma terceira e última rodada de leilão com a oferta de 19 terminais para a iniciativa privada, entre os quais estão os principais aeroportos brasileiros sob controle da Infraero: Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ), que juntos receberam 31,1% do tráfego doméstico em 2017.

Portanto, diante de mais esse ataque à economia nacional, é preciso que os trabalhadores aeroportuários e seus sindicatos organizem protestos contra a medida dos golpistas e que a população saia às ruas com a palavra de ordem “Fora Bolsonaro”. Só a mobilização popular das massas para derrubar o governo eleito pela fraude poderá pôr fim ao golpe de estado e barrar a entrega total do patrimônio público aos capitalistas.

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