O País campeão do mundo no quesito desigualdade social segue firme, ano após ano, mantendo a liderança nesta hedionda e perversa lista, cuja concentração de renda é a característica mais marcante e acentuada da economia nacional. Embora figure entre as dez maiores economias do planeta, o Brasil ostenta indicadores sociais que o iguala às nações e povos mais pobres e de menor desenvolvimento humano, semelhante aos países africanos oprimidos pelo capitalismo e pela burguesia imperialista mundial.
Estudos divulgados esta semana por um organismo oficial do Estado, o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela o que no dia a dia a imensa maioria da população, especialmente os mais pobres, constatam como dura realidade vivenciada pelo imenso contingente de almas que lutam para defender a sobrevivência. Sem que haja a necessidade de ter formação acadêmica em Economia ou ser especialista na matéria, milhões de brasileiros sentem na pele os resultados da desigualdade social existente no País.
O IBGE trouxe à luz os números do abissal fosso existente entre ricos e pobres em todas as regiões do Brasil, escancarando a política criminosa da burguesia e do modelo de desenvolvimento excludente e elitista, que não pode ser classificada de outra forma e com outro nome a não ser uma política de guerra em desfavor dos pobres para privilegiar cada vez mais os ricos, a burguesia exploradora, sanguessuga da nação.
Os dados apresentados pelo IBGE apenas confirmam o enorme abismo social existente entre as classes sociais do País. “O estudo mostra que a metade mais pobre da população vive com uma renda média de R$ 850,00 por mês. Os 5% mais pobres, cerca de 4,5 milhões de pessoas recebem R$ 165,00 em média por mês. Já os 1% mais ricos, cerca de 900 mil pessoas ganharam em 2019 R$ 28.659,00 por mês. Este valor é equivalente a 33,7 vezes a média da metade mais pobre” (FSP, 6/5).
A secular e selvagem exploração a que estão submetidos os trabalhadores e as massas populares do País é o resultado da política criminosa e de extermínio que a burguesia e o imperialismo impõem à população pobre brasileira. Esse estado de coisas é mantido e vem se perpetuando por meio de uma brutal repressão e terror impostos pelos exploradores contra a classe operária e a grandes massas populares. A cada ano, a cada divulgação das estatísticas, essa situação se agrava, evidenciando que não há nenhuma alternativa para os trabalhadores e a população pobre alcançarem a emancipação nos marcos do regime burguês golpista, dominado pelas máfias políticas representantes dos banqueiros, dos capitalistas, do grande empresariado e do capital privado.