O governo ilegítimo de Jair Bolsonaro, da extrema direita, logo em seus primeiros dias já demonstrou que pretende adotar uma política de guerra contra toda a população brasileira. Alguns setores da sociedade, mais vulneráveis do ponto de vista organizativo, já começam a sentir na pele, literalmente, a violência e a brutalidade de um governo totalmente voltado para atender os interesses dos capitalistas nacionais e internacionais, dos latifundiários, entre outras classes parasitárias. Um exemplo deste fato é o que está acontecendo com as diversas tribos e comunidades indígenas brasileiras.
Já são diversos os ataques às comunidades indígenas provocados por jagunços, fazendeiros e a própria polícia, todos eles seguindo é claro a orientação do governo golpista de Bolsonaro de perseguir e exterminar os índios brasileiros. Há várias denuncias de indígenas sendo mortos pelo país, uma que chama a atenção é a invasão por parte dos madeireiros de uma reserva indígena localizada no sudoeste do Pará, entre os municípios de Urará e Medicilândia, onde vivem os índios da etnia Arara.
O local já foi alvo de invasão dos madeireiros em 2016 e agora o problema volta à tona logo no começo do ano, poucos dias após a posse do ilegítimo Bolsonaro. Este já havia declarado, por exemplo, antes das eleições que em seu governo não haveria um centímetro de terra destinado as reservas indígenas. Em uma de suas primeiras medidas, o governo golpista retirou da FUNAI a incumbência de regulamentar e homologar as terras indígenas, transferindo esta função para o Ministério da Agricultura, controlados pelos principais inimigos dos índios e de todos aqueles que lutam por um pedaço de terra, os latifundiários.
Tais ações revelam a política de guerra que Bolsonaro pretende promover e aprofundar ainda mais contra os povos indígenas. É necessário reagir imediatamente ao verdadeiro massacre preparado pelo governo, o que só poderá ser feito pela organização dos comitês de autodefesa no interior das comunidades indígenas e das tribos de todo o país.