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Organizar a mobilização operária e popular contra os golpistas

As recentes eleições que ocorreram no dia 7 de Outubro foram uma fraude total. O setor da burguesia que estava impulsionando a candidatura de Jair Bolsonaro conseguiu tomar a dianteira do processo eleitoral, arrastando os setores da burguesia que apoiaram a candidatura de Geraldo Alckmin para a fraude à favor de Bolsonaro e de outros setores da extrema-direita, tanto no legislativo quanto nos governos estaduais.

Isso ficou muito claro com o resultado das eleições, na vitória de pessoas como o Major Olímpio, do partido de Bolsonaro, para o Senado São Paulo e de Rodrigo Pacheco, do DEM (antigo partido da ditadura militar), para o Senado de Minas Gerais, que ficaram na frente de grandes nomes do PT, como o ex-senador Eduardo Suplicy e a antiga presidente do país, Dilma Rousseff, que apareciam em primeiro lugar em todas as pesquisas da burguesia e realizavam comícios do tamanho que nenhum político de direita conseguiu organizar, demonstrando um apoio popular real. E também na vitória de uma grande bancada de direita, do PSL e do DEM, para as câmaras estaduais e para a federal.

A extrema-direita brasileira passou então a uma política ofensiva em todo território nacional, atacando, agredindo, xingando, espancando e assediando diversas pessoas. É preciso denunciar, entretanto, que toda essa mobilização da extrema-direita foi se desenvolvendo durante o próprio período de campanha eleitoral, onde a polícia, parte importante da extrema-direita, e os bolsonaristas entraram em uma dura campanha de intimidação dos militantes de esquerda nas ruas, como foi denunciado por este jornal ao longo de todo o processo, ameaçando a esquerda com armas de fogo, apreendendo materiais de campanha, invadido sedes e diretórios de partidos e sindicatos e censurando lideranças de esquerda.

Agora, com o resultado eleitoral, a extrema-direita ficou ainda mais atiçada. Houve casos de agressões fascistas em todas as regiões do país. Diversas mulheres foram enquadradas em vielas e ruas, agredidas e ameaçadas de estupro; diversos homossexuais foram espancados, inclusive com barras de ferro, como demonstra o caso da funkeira transexual, ex-furacão 2000; em Pernambuco, uma jornalista foi abordada por bolsonaristas, que colocaram uma faca em sua garganta, cortaram seu rosto e seu braço e disseram que ”no governo do comandante [Bolsonaro] não haverá imprensa”, fazendo uma clara apologia à censura; houve o caso da empregada doméstica que foi jogada no chão e chutada por um Policial Militar, que só a liberou quando ela disse ”ele sim”, falando de Bolsonaro; sem falar no caso da mulher que teve uma suástica nazista gravada em sua barriga por apoiadores de Bolsonaro e do mestre capoeirista, Moa de Katendê, que foi assassinado à facadas por um apoiador do Bolsonaro na Bahia.

Tudo isso revela a extrema violência com que atua a extrema-direita contra a população e os trabalhadores. É preciso que a esquerda tenha noção de que para derrotar a ameaça fascista é preciso mobilizar o povo de fato para combatê-los. Apostar as fichas em ilusões eleitorais não adiantará de nada, além de jogar fumaça nos olhos dos trabalhadores. É preciso formar comitês de luta contra o golpe e de autodefesa, isto é, organizações autônomas onde a classe operária e a população possa se organizar, independente da burguesia, para organizar sua luta política contra os fascistas da extrema-direita, os golpistas e todos aqueles que atacam seus direitos e ameaçam sua existência. Apenas desta forma será possível derrotar a extrema-direita, que ficou acuada em todo o processo de luta contra o golpe, quando os trabalhadores estavam nas ruas defendendo seus direitos e mobilizando diversos setores da sociedade em torno de sua política. Portanto, só a mobilização pode barrar os ataques da extrema-direita.

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