O golpe de estado que derrubou a presidenta, Dilma Rousseff, através da farsa do impeachment no reacionário Congresso Nacional era justamente para levar à frente uma política de terra arrasada para os trabalhadores em benefício de meia dúzia de capitalistas parasitas, que na atual etapa da crise do capitalismo, precisam a todo o custo assaltar o estado para manter os seus lucros.
Assim como a “reforma” trabalhista, a lei da terceirização, as privatizações, a entrega do pré-sal, etc., a “reforma” da previdência é parte desse assalto. Não é por acaso que as instituições financeiras estão tão otimistas se a tentativa da “reforma” for aprovada no Parlamento. Segundo o presidente da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais), Carlos Ambrósio, “os bancos e gestoras de investimento estão otimistas com a aprovação da “reforma” da previdência”, e completa que “as instituições estão particularmente de olho no processo de capitalização das aposentadorias, e que a expectativa é que o governo abra espaço para as instituições administrarem os recursos da Previdência dos trabalhadores”. Ou seja, os abutres estão de olho em um patrimônio que pode chegar a R$ 1,2 trilhão.
Além do roubo através do regime de capitalização, em que a contribuição do trabalhador deixa de ser para um fundo comum e passa a ser para uma conta individual, os capitalistas e seus representantes no governo federal pretendem acabar com os direitos dos trabalhadores conquistados através de décadas de lutas.
Vários direitos hoje constitucionais passarão a ser definidos por leis complementares, que tendem a ser cada vez mais duras. Um deles é o que assegura que o benefício não será inferior a um salário mínimo. Pelos critérios da reforma, grande parte dos aposentados poderão passar a receber valor inferior a esse. Aposentadorias especiais, como por invalidez, não serão integrais. Os trabalhadores rurais também serão duramente afetados. Para se receber 100% do benefício, será necessário ter 40 anos de contribuição, o que é praticamente impossível de ser cumprido pelos trabalhadores da iniciativa privada. Além disso, a idade mínima para se aposentar será de 62 anos para mulheres e 65 para homens. Há ainda uma série de outras regras que dificultam o trabalhador de receber a aposentadoria.
Por todos esses ataques é necessário barrar a ofensiva do governo golpista, que tem como ponto central a “reforma” da previdência.
Somente uma gigantesca mobilização geral dos trabalhadores, através das suas organizações de luta, poderá deter os golpistas. A política de lobbies e pressão aos parlamentares, no reacionário Congresso Nacional, já demonstrou, inúmeras vezes, que é o caminho da derrota. Segundo dados da pesquisa de opinião realizado pela Datafolha, 80% dos brasileiros se colocaram contra a “reforma”, diversos atos e manifestações estão sendo realizado pelo país afora contra a tentativa de acabar com a previdência dos trabalhadores, o que evidencia a disposição de luta da população para barrar mais esse ataque dos golpistas.
Nesse sentido é necessário organizar, imediatamente, a greve geral contra mais esse ataque aos direitos dos trabalhadores brasileiros, e que essa mesma greve geral seja o instrumento de organização pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas, eleitos através da maior fraude eleitoral de todos os tempos quando prenderam a maior liderança popular do país, Luís Inácio Lula da Silva, como parte do golpe de Estado.
Greve geral; não a “reforma” da previdência; Fora Bolsonaro e todos os golpistas; Liberdade para Lula; eleições gerais.