A população não tem nenhuma outra opção senão sair às ruas para combater o governo fascista. Desde o começo da pandemia, com o acentuamento da crise econômica, social, política e sanitária, a direita busca apenas socorrer os bancos e as empresas ao mesmo tempo que dá migalhas meramente demagógicas para o povo e não se esforça para combater o vírus. A política do “fica em casa” defendida pela esquerda parlamentar nas redes é na verdade X.
A União Brasileira dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) são as principais organizações estudantis do Brasil. Por mais de 40 anos dominadas pela política pequena burguesa do PCdoB, com a União da Juventude Socialista, hoje são uma das principais entidades pelegas do país. Mesmo com milhões de estudantes em suas bases, esses que agora morrem de vírus ou de fome, sua política para a crise e para o enfrentamento do governo Bolsonaro é inócua e oportunista. Por um lado defendem a frente ampla com os golpistas e direitista, um golpe historicamente suicida para combater o fascismo. Para piorar, mantém todas as suas manifestações pela internet.
O povo já começou a ir para as ruas, e algumas organizações, inclusive alas mais à direita da esquerda já foram pressionadas a se manifestar presencialmente. A título de exemplo temos os enormes atos encabeçados pelas torcidas organizadas, organizações de massa, neste último domingo. Porém, as entidades estudantis continuam com sua política criminosa mobilizando uma “marcha virtual”.
Em suas redes, a UNE e a UBES fizeram um chamado para a Marcha Virtual pela vida. O evento vai concentrar diversas manifestações virtuais da manhã à noite do dia 9 de junho que visam unir a força de diversas entidades para pensar em soluções para os ataques do governo “irresponsável”. Os jovens e os estudantes estão sendo atacados por todos os lados sobre o pretexto do coronavírus, a responsabilidade de ficar em quarentena nunca foi uma opção para a maioria da população brasileira. Já está muito clara a demagogia de tal Marcha, que pretende apenas fazer demagogia com um público incauto.
A política estudantil precisa ser levada a sério, ainda mais em momentos nos quais o povo está segurando a crise nas costas e que a juventude é uma das mais atacadas. É necessário reconstruir a UNE e a UBES por sua base. Os estudantes precisam se mobilizar e se organizar para combater o governo golpista nas ruas, juntamente com a classe operária, e se posicionar contra as entidades que supostamente deveriam representá-los.