Assim como toda a direita, num primeiro momento, Jair Bolsonaro, se colocou a favor da greve dos caminhoneiros, greve que já se encaminha para o seu 10° dia.
O candidato à presidência pelo PSL declarou seu apoio à greve dos caminhoneiros assim que a mesma se iniciou, mas, evidentemente, a partir do momento em que a greve se radicalizou e colocou o golpe em xeque, Bolsonaro resolveu se colocar contra, alegando que a paralisação já havia atingido seu ápice e que seria o momento de acabar.
Em entrevista, ele alegou que não tem nenhuma ligação com o movimento dos caminhoneiros, quando perguntado acerca daqueles que o apoiam dentre os caminhoneiros. A verdade é que Jair Bolsonaro representa como funciona a extrema-direita, que, em relação à greve, demonstrou sua política de demagogia, sabendo que a partir do momento em que a greve se tornou mais incisiva e que poderia (e pode) caminhar para uma situação explosiva, tirou o corpo fora, e agora dispara ataques contra aqueles que permanecem em greve.
Ao ser perguntado sobre os setores dentro do movimento que pedem por intervenção militar – é preciso destacar que a existência desse setor é minoritária e bastante confusa – Bolsonaro, afirmou, em sua fala inteiramente oportunista, que ele próprio é contra um golpe militar dado de maneira arbitrária, e que a intervenção militar deveria vir respaldada por uma eleição – leia-se golpe militar eleitoral.
A declaração demonstra mais uma das demagogias do direitista, o qual tenta de alguma maneira disfarçar seu verdadeiro posicionamento, que é abertamente fascista, quando faz a defesa de generais torturadores do regime militar. O que Bolsonaro fez foi apenas podar o discurso, para fazer a defesa de um golpe militar eleitoral dentro do golpe de estado.