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Não ao trabalho escravo

Operários sofrem com coronavírus nos frigoríficos pelo mundo

As péssimas condições de trabalho, a proximidade dos funcionários na esteira, o esforço excessivo aumenta a contaminação nos frigoríficos europeus e norte-americanos

Frigoríficos da Alemanha, França, EUA, entre outros estão sendo denunciados por colocar os trabalhadores em situação vulnerável ao contágio pelo coronavírus.

Na Alemanha, os frigoríficos utilizam-se de mão de obra de outros países, fazendo os como escravos, com salários baixos e sem as condições mínimas para os operários exercerem suas funções.

No abatedouro Westfleisch, na cidade de Coesfeld, vários trabalhadores foram contaminados pelo coronavírus, conforme o sitio RFI de segunda-feira (18), “pelo menos 92 funcionários de uma unidade de corte de carne em Dissen, no estado da Baixa Saxônia (noroeste), testaram positivo para a Covid-19. A produção foi “suspensa” e os infectados foram “colocados em quarentena”, assim como todas as pessoas que estiveram em contato com eles, informaram as autoridades alemãs”. Este já é o quarto surto que ocorre nos frigoríficos registrados no país.

Na França, mais de cem pessoas testaram positivo para o coronavírus no domingo (17), em dois “clusters” (agrupamentos de doentes) identificados em dois matadouros, um deles em Fleury-les-Aubrais, perto de Orléans (centro), e o segundo próximo de Saint-Brieuc (noroeste). Desde o início da epidemia, em março, dois frigoríficos da região da Bretanha (noroeste) e uma unidade de abate de aves na Vendée (oeste) tiveram empregados contaminados pelo vírus.

Até terça-feira (19), os 400 trabalhadores do abatedouro Tradival, em Fleury-les-Aubrais, passarão por testes de diagnóstico da Covid-19… As instalações foram interditadas por medida preventiva e consideradas “obsoletas” pelo representante do Estado na região, Pierre Pouessel. Além dos empregados, todas as pessoas ditas de “contato” dos infectados têm sido testadas.

Diante dos rumores de que a carne também estaria contaminada, a Agência Regional de Saúde do Vale do Loire esclareceu que não existe nenhuma advertência sanitária em relação às carnes processadas no local. “Trata-se de um contágio direto entre humanos e sem risco para os consumidores”, disse o diretor Laurent Habert. (RFI – 18/05/2020)

Na Irlanda, em 10 frigoríficos foram testados 554 casos positivos de coronavírus em trabalhadores.

O sindicato Unite na Irlanda do Norte pediu aos processadores que fechem temporariamente as instalações com surtos. Em referencia aos frigoríficos  nos EUA, Jackie Pollock, secretária regional da Unite, em comunicado disse: “não podemos permitir que uma crise se desenvolva no setor, como foi testemunhado nos EUA, onde mais de 10.000 trabalhadores contraíram o vírus, com dezenas de mortos”.

Nos EUA, o coronavírus se espalhou mais do que o dobro da taxa nacional em municípios com grandes fábricas de frigoríficos na primeira semana após a ordem executiva do presidente Donald Trump ordenar a reabertura. (Notícias Agrícolas – 12/05/2020)

Os números de trabalhadores testados positivo pelo coronavírus ultrapassam a casa dos milhares e, sem qualquer receio de se enganar, todos são por conta das péssimas condições de trabalho, falta de equipamentos de proteção e segurança, aglomeração, pois o trabalho em forma de esteira, por conta do ritmo de produção acelerado exigida pelos patrões, que colocam o lucro à frente de qualquer coisa, onde os trabalhadores têm um mínimo espaço entre um e outro e o esforço excessivo,, desgastando esses operários, aumentando ainda mais a possibilidade do contágio pelo coronavírus.

Governos injetam milhões aos capitalistas enquanto os trabalhadores estão no olho do furacão

Esses países como França e Alemanha (principais países da União Européia) estão mantendo os capitalistas através de dinheiro público. Assim como os EUA que também injetaram muito dinheiro nos bancos. Nos EUA, o Estado acaba de repassar cerca de 2,7 trilhões de dólares para os grandes capitalistas, na soma dos dois pacotes aprovados recentemente. A União Europeia havia aprovado 540 bilhões de euros em ajuda aos países membros, cuja quase totalidade irá para o bolso dos capitalistas, e depois aprovou um fundo que pode chegar até um trilhão de euros. Esta semana, França e Alemanha anunciaram uma nova proposta de 500 bilhões de euros para “salvar a economia” da zona do Euro.

Enquanto os capitalistas se aproveitam da farra do boi vindo dos cofres dos governos desses países, os trabalhadores sofrem com o total descaso e abandono, com o trabalho escravo, podendo a qualquer momento morrerem por culpa da total irresponsabilidade dos patrões dos frigoríficos, que estão de quarentena só vendo o dinheiro cair em suas contas bancárias.

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