Desde dezembro, quando as grandes manifestações voltaram a tomar conta das ruas francesas, o governo Macron se vê posto em uma crise cada vez mais profunda.
Com as eleições fraudulentas, onde Macron fora eleito pela minoria da população e tratado pela imprensa burguesa como o salvador da França, a população passou a sofrer inúmeros ataques, em uma completa deterioração das condições sociais deste que é um dos principais países do mundo.
Com o anúncio da nova reforma da previdência, na qual os antigos direitos dados ao trabalhadores, pelo menos desde os anos 90, passariam a ser descartados em nome de um regime universal que aumentaria os anos de trabalho e diminuiria os gastos sociais, os trabalhadores tomaram as ruas de toda França em uma intensa mobilização que chega ao seu terceiro mês.
Devido as grandes proporções por ela tomada, ferroviários realizaram a paralisação mais longa da história francesa, junto a uma mobilização que juntou professores, médicos, enfermeiros, bailarinos e agora levanta também os bombeiros, parte essa relacionada diretamente ao aparelho estatal, porém que dado a tamanha crise, une-se aos trabalhadores por mais direitos.
Os bombeiros exigem aumento no bônus recebido por periculosidade, não alterado há mais de 20 anos, uma continuidade as manifestações feitas em outubro, quando os mesmos exigiam melhores salários.
Não diferentes das demais categorias, os bombeiros também entraram em duros confrontos com a polícia francesa nesta terça-feira (28) na capital, Paris, em mais um dia de protestos.
A repressão policial vem aumentando de tamanho, acompanhando o desenvolvimento das manifestações. Contudo, como já ocorreu durante os protestos dos coletes amarelos, os órgãos de repressão já vem apresentando problemas e dificuldades para controlar as amplas massas.
O governo Macron passa hoje por uma das maiores crises na França dos últimos tempos. Com o povo extremamente radicalizado, o imperialismo teme com que a mobilização atinja seu real objetivo, a derrubada do governo direitista, e o prevalecimento da palavra de ordem Fora Macron, que assim como o Fora Bolsonaro no Brasil, é a mais popular do momento.
Os franceses há um ano já demonstraram nas ruas o caminho a ser seguido contra este governo de características de extrema-direita e altamente repressivo, cabe as organizações de esquerda atenderem o chamado popular e partir para uma ofensiva contra o regime político. Fora Macron!