Da redação – Um cadeirante, identificado apenas como Alexandre, morreu na manhã desta sexta-feira (06) após ter sido baleado na cabeça durante uma operação da Polícia Militar na Vila Kennedy, em Bangu, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.
Ele foi levado ao Hospital Albert Schweitzer mas não resistiu e acabou falecendo.
Foi uma operação policial envolvendo também a Polícia Civil em vários bairros e comunidades da região metropolitana e da Baixada Fluminense. Além de Alexandre, outras duas pessoas foram mortas em meio a essa operação.
Trata-se de mais uma das inúmeras mortes causadas em meio a operações policiais no Rio de Janeiro, sobretudo, mas em todo o Brasil, no geral. Segundo fontes oficiais, em 2019 morreram 1.810 pessoas (uma média de cinco por dia) “em confronto” com a polícia – eufemismo para esconder o fato de que foram assassinadas ou mesmo executadas pelas forças de repressão. Esses são dados do governo, que, obviamente, procura ocultar o número real de mortos. Certamente, essa cifra é muito maior.
A PM assassina jovens, negros, mulheres, pessoas LGBT, pessoas com deficiência, idosos… a população não está segura com a existência desse corpo de extermínio de caráter integralmente fascista.
O povo do Rio de Janeiro e de todas as localidades do País precisa organizar sua autodefesa contra a PM, porque essa instituição constitui perigo vital para a existência das camadas populares. É necessário, também, lutar pela dissolução imediata da polícia e sua substituição por milícias populares formadas pelos moradores dos bairros e eleitas por suas zonas de atuação, tendo os habitantes o direito de destituir do cargo os membros das milícias quando quiserem. Isso sim seria uma organização democrática e protetora da população, que atue e seja controlada pelo povo, e não como é a PM, um órgão fascista criado pela burguesia para implementar massacres diários contra os setores já oprimidos pelo regime capitalista.