A Missão de Verificação da Organização das Nações Unidas (ONU) na Colômbia expressou sua preocupação com os assassinatos de ex-membros das Forças Armadas Revolucionárias do Exército Popular da Colômbia (FARC-EP), no entanto é uma denúncia demagógica da ONU, que é uma instituição imperialista e nada faz de concreto contra os Estados Unidos que dão suporte ao governo colombiano de características ditatoriais.
Em comunicado divulgado no sábado (9), a entidade internacional condenou o assassinato do membro da Força Revolucionária Alternativa Comum (FARC), Wilder Daniel Marín Alarcón, ocorrido em 7 de maio no município de Bello, no departamento noroeste de Antioquia que foi encontrado morto envolto em um colchão incinerado.
Desde a assinatura do acordo de Paz em 2016, 204 pessoas ligadas à FARC-EP foram assassinadas. Desde o início da quarentena imposta na Colômbia para combater o coronavírus ocorreram seis assassinatos de ex-combatentes e pelo menos 32 líderes sociais. Só no departamento de Cauca houve 14 assassinatos de lideranças sociais em 2020.
A Colômbia tem se tornado um gigantesco campo de extermínio de opositores do regime de extrema-direita fantoche do imperialismo que vigora há décadas no país. Os assassinatos começaram quando a FARC firmou um acordo de Paz com o governo colombiano em que o partido teria 150 dias para entregar suas armas.
Após cerca de sete mil guerrilheiros entregarem as armas, começou a matança de militantes, lideranças, combatentes e ex-guerrilheiros, 70 foram mortos até o fim de 2018. Situação que vem se acentuando com a chegada ao poder de um representante do imperialismo, Iván Duque, nos últimos dois anos foram mortos 131. A senadora Sandra Ramírez disse que o movimento revolucionário ‘não assinou um acordo de paz para serem mortos’ e cobrou soluções do governo atual, segundo a Telesur.
Uma ala dissidente do partido liderada por Iván Marquez – que participou dos acordos de paz com o ex-presidente da Colômbia, Manuel Santos – declarou a volta a luta armada, opondo-se ao atual líder das FARC Rodrigo Londoño Echeverri, o Timochenko. Marquez afirma que é preciso combater os assassinatos e perseguições políticas de ex-guerrilheiros imposta pelo atual governo de Iván Duque capacho norte-americano que tomou posse em agosto de 2018.
O que fica claro é que política de desarmamento do partido FARC-EP deve ser deixada para trás, no momento que a Colômbia vive uma ditadura fascista. É importante que os militantes estejam preparados e organizados para enfrentar as milícias de extrema direita que agem junto com os paramilitares de Ivan Duque.
Esperar que a ONU irá interferir e acabar com a série de crimes cometidos pelo governo colombiano contra o Partido Revolucionário da Colômbia, é um erro como o que foi adotado pelas FARC-EP quando decidiu abandonar as armas em 2016. Apesar da ala dissidente do partido ter anunciado a volta da luta armada, o líder do partido Rodrigo Londoño “Timochenko” leva uma politica de aliança com a direita, inclusive dizendo que era melhor mudar o nome do partido, segundo ele, FARC-EP Forças Alternativa Revolucionária da Colômbia – Exercito de Pessoas, está criando dificuldades.