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Onde está Amarildo: após 5 anos do assassinato do pedreiro família ainda não recebeu indenização

Da redação – No dia de amanhã, 14 de julho de 2013, se completa 5 anos do desaparecimento do pedreiro Amarildo Dias de Souza na Rocinha (RJ), vítima de tortura pela assassina Polícia Militar do Rio de Janeiro (RJ). O sequestro aconteceu através de uma abordagem da Unidade de Polícia Pacificadora na favela e o caso ganhou notoriedade internacional depois que as denúncias de moradores apareceram para confirmar a suspeita.

À época, a polícia argumentou, cinicamente, como de praxe, que havia confundido Amarildo com um traficante de drogas, e que havia abordado o trabalhador mas, logo em seguida, depois de ver que não era traficante, teria liberado o pedreiro. Familiares e moradores protestaram já no dia seguinte, após pessoas que presenciaram a abordagem policial que tinha dado cabo do corpo dele. Mais além, vale lembrar até onde vai o fascismo dessa corporação assassina, alegando que as câmeras da UPP tiveram problemas e o GPS dos carros da polícia estavam todos desligados.

Com a pressão da comoção social que o caso gerou, se levantou a informação de que o major Edson Santos havia pago para uma moradora dizer que Amarildo foi vítima do tráfico de drogas.

A “justiça” brasileira, demonstrando toda sua eficiência com que prende pobres sem provas todos os dias, prendeu em 2016, 13 policiais militares envolvidos no crime, foram expulsos da PM e condenados por tortura seguida de morte, ocultação de cadáver e fraude processual.

A decisão não muda em nada, pois, são diversos os casos onde houve expulsões e tempos depois os mesmos são readmitidos em postos mais baixos. E neste caso, nos últimos dias se provou exatamente isso, quando, o major Edson, condenado a uma pena de 13 anos e sete meses de prisão, passou na prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

O corpo de Amarildo nunca foi encontrado, o que é uma situação desesperadora para a família refém de ameaças constantes, que, inclusive, teve de morar tempos em outra localidade.

 

Em entrevista à imprensa burguesa, a mulher do pedreiro, Elisabete da Silva, disse: “Eu fico incomodada dentro da Rocinha porque o caso do Amarildo foi um caso mundial. Sabe o que acontece? Muita gente me conhece e eu não conheço. Eu passo em alguns lugares e eu escuto conversas […] Outro dia eu passei com a minha filha de 11 anos e um policial falou ‘Oi, Bete’. Eu não respondi e segui meu caminho. Isso me incomoda”.

O advogado da família, João Tancredo, acusou que “o estado desaparece, tortura e mata o Amarildo e depois aniquila a família não pagando, não fazendo o processo andar, não prestando justiça no tempo hábil. Isso também é uma grande perversidade”.

No entanto, a defesa do Estado do Rio sustenta de forma absurda, que o pedreiro foi liberado por policiais militares após prestar esclarecimentos em um contêiner da UPP da Rocinha, e isso, mesmo após um policial que teria participado do episódio ter confessado as torturas contra Amarildo.

Em seu depoimento o PM afirmou: “as defesas que o Estado apresenta sempre dizem que o Amarildo foi até o contêiner da UPP, foi levado até lá para uma investigação e foi liberado imediatamente depois. As provas feitas foi que o Amarildo foi torturado e ele era epilético. Não resistiu a essa tortura. Ele foi retirado dentro de uma capa de uma motocicleta e desapareceram com o corpo e nunca mais foi visto. Isso foram testemunhas, que estavam dentro do contêiner, que contaram, alguns policiais”.

A corporação assassina é responsável por pesquisas que afirmam que sua existência serve apenas como uma máquina de matar a população pobre do país e que em sua maioria é composta por negros. Amarildo foi um dos milhares de casos que escancarou essa guerra contra os trabalhadores brasileiros, principalmente jovens e negros.

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