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OMS espera saída dos monopólios para resolver o a crise de saúde

A Organização Mundial da Saúde dando tempo para que os capitalistas possam competir e lucrar mais ainda com a pandemia

A Organização Mundial da Saúde (OMS), através de declaração de seu diretor principal Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a pandemia do novo Coronavírus deve acabar em menos de dois anos. Ele disse isso comparando com a gripe espanhola de 1918, cujo fato de ter durado dois anos é consenso entre a maioria dos historiadores.

Segundo o chefe da OMS, o mundo dos dias de hoje, por ser altamente globalizado, favorece a disseminação de doenças infecciosas mas, por outro lado, a alta tecnologia – principalmente na produção de vacinas e demais medicamentos – permitirá que a humanidade seja mais bem sucedida hoje do que 100 anos atrás.

A OMS anuncia esse prazo de menos de dois anos como algo que deva ser comemorado. Além disso, celebra efusivamente o menor avanço anunciado de qualquer vacina que tenha algum monopólio privado envolvido, seja ele britânico, norte-americano ou chinês. Ao mesmo tempo, ignora as vacinas russa e cubana.

Curiosamente, a vacina russa é resultado do esforço do Instituto Gamaleya, um laboratório biológico público de 1919 (de 1891 até 1919 era privado) e reconhecido internacionalmente.  A vacina cubana, além de também não ter participação de empresa privada alguma na sua pesquisa, representaria, caso venha a ter bons resultados, mais um ponto (entre muitos) a favor da saúde pública cubana se comparada com a mercantilização desse direito fundamental que ocorre nos países capitalistas, inclusive nos mais ricos.

Quando a vacina russa Sputinik V foi anunciada mundialmente pelo presidente da Rússia há algumas semanas, a reação da OMS e da imprensa burguesa pelo mundo todo foi de desconfiança e não de comemoração. A razão alegada para isso foi a “falta de transparência” da “ditadura” de Putin. Os dados disponibilizados desde então pelos russos não importam em nada para atestar que a vacina pode sim ser uma alternativa e que deve ser apoiada pela organização que se diz responsável pela promoção de saúde de toda a humanidade.

A vacina cubana nem sequer é considerada pela grande imprensa capitalista, quando não é difamada sem a menor análise. Como não considerar o país que manda médicos para o mundo todo e que chegou a ser certificado em 2015 pela própria OMS como o primeiro país do mundo a eliminar totalmente a transmissão materna de sífilis e HIV?

Essa conversa fiada de falta de transparência não se sustenta. A mesma imprensa que fala da Rússia sempre falou da China, mas trata a vacina da empresa privada chinesa Sinovac como confiável. Absurdamente, um dos motivos que comprovariam essa confiabilidade seria o fato da Sinovac ter ações na Bolsa de Valores de Nova Iorque. E quem falou isso foram alguns “especialistas” que tanto tem saturado os jornais burgueses durante a pandemia, e tudo em nome da “ciência”.

Desde quando ter ações na Bolsa de Valores de Nova Iorque significa credibilidade? Basta lembrar do colapso econômico de 2008 para fazer cair por terra esse tipo de argumento sem base alguma.

A OMS está apenas defendendo, na corrida pela vacina do Coronavírus, o interesse dos monopólios privados  farmacêuticos. Se houvesse realmente uma cooperação global pela busca de uma vacina de domínio público envolvendo os esforços de todos os países, teríamos o controle da pandemia muito antes.

Surpreende que, depois de 100 anos da gripe espanhola, alguém possa dizer que é algo positivo que o controle da pandemia ocorrerá em menos de dois anos. Se passou um século e a ciência, sob as travas da concorrência privada e da busca pelo lucro, não avançou nem de perto o que deveria, se considerarmos o conhecimento científico  acumulado da humanidade. Se a OMS fosse realmente uma organização que buscasse promover a saúde de todas as pessoas deste planeta, ela apoiaria a primeira vacina anunciada por um chefe de governo de um país que, além de contribuir para a OMS, tem cientistas e médicos reconhecidos pele sua capacidade técnica há várias décadas. E esse é o caso de Cuba e Rússia.

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