Mostrando que o que vale no Brasil dos golpistas é o lucro dos poderosos capitalistas, a Vale e a Samarco, responsáveis pela maior tragédia ambiental do país, não tomaram as medidas cabíveis em 4 anos para evitar novos desastres.
Assim como as torrenciais chuvas que atingem Minas Gerais há mais de dez dias, os rejeitos da barragem de Candonga estão vazando para o Rio Doce.
O caos em MG provocado pelo corte de verbas em saneamento básico e na prevenção das enchentes resultou em dezenas de mortes e problemas para a população. Agora com mais um crime, além de deixar milhares de pessoas nas filas de espera das indenizações, o governo Zema (Novo-MG) e o governo Bolsonaro colaboraram diretamente com mais este crime. As fortes chuvas que atingem Minas Gerais estão destruindo mais uma vez o meio ambiente com o vazamento para o Rio Doce dos rejeitos contaminados da barragem do Fundão, que foram contidos na barragem de Candonga durante o rompimento ocorrido em Mariana, em 2015. Tal situação ocorreu porque em 4 anos as empresas Vale e Samarco não se preocuparam com a drenagem dos rejeitos da barragem de Candonga, localizada entre os municípios de Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado.
Com as chuvas, cerca de 10 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro estão vazando para o Rio Doce. O Ministério Público de Minas Gerais determinou que a Fundação Renova, responsável pela recuperação do Rio Doce, forneça informações, com urgência, sobre a situação e também sobre o plano emergencial para período chuvoso. Isso é, obviamente, mais uma patifaria. Afinal, o que fez o Ministério público em 4 anos, além de apoiar o golpe de Estado no Brasil, contra os desmandos das mineradoras? A resposta é evidente: nada, pois, após um crime de proporções gigantescas como o estouro das barragens de Mariana, Brumadinho e outras, o Judiciário golpista não veio, até hoje, a punir os poderosos responsáveis.