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Luta pela Terra

Ofensiva do latifúndio: dois sem-terra são assassinados no Maranhão

Quatro pistoleiros fortemente armados invadiram a residência de Celino Fernandes e Wanderson de Jesus Rodrigues, pai e filho, respectivamente, e executaram com vários disparos.

A cidade de Arari no Maranhão foi cenário de um duplo homicídio neste domingo (5), quando dois camponeses foram brutalmente assassinados por pistoleiros que invadiram a casa da família e dispararam na presença de esposa, filhos e netos.

Quatro pistoleiros fortemente armados invadiram a residência de Celino Fernandes e Wanderson de Jesus Rodrigues, pai e filho, respectivamente, e executaram com vários disparos de arma de fogo nos seus rostos, sem oportunidade de qualquer defesa.

Se identificando como policiais, os pistoleiros chegaram ao povoado de Cedro dizendo cumprir ordem de prisão. Todos encapuzados, então, arrombaram a residência e assassinaram os lavradores.

A polícia investiga o caso, mas diz até agora não ter o paradeiros dos executores.

Trata-se de uma disputa por território antiga. Celio e Wanderson, junto com mais três camponeses, incluindo Adriana de Jesus Fernandes, filha de Celino, presidente da associação quilombola de Cedro, foram representados criminalmente pelo delegado de Arari, Alcides Martins Nunes Neto, tendo à época ficado presos por mais de 70 (setenta) dias no presídio regional de Viana.

Há muito tempo a comunidade de Cedro vem denunciando aos órgãos do Estado, Ministério Público, INCRA, IBAMA, o conflito agrário envolvendo a comunidade e a família da desembargadora Ângela Salazar, que cerca os campos públicos para a criação de gado bubalino, inclusive com cerca elétricas, local de onde os moradores retiram o sustento de seus familiares, por meio de pesca e criação de animais.

A política deliberada das autoridades de criminalizar as lideranças sociais da região, com decisões favoráveis ao latifúndio, incentiva a vulnerabilidade das lideranças sociais que legitimamente lutam pelos seus territórios.

Maranhão

A região do Maranhão vem sendo território atacado constantemente nos últimos tempos não somente contra os sem-terra, mas também quilombolas e, principalmente, indígenas.

Após o golpe da eleição de Bolsonaro, a extrema-direita se sentiu mais confortável para colocar em prática seus ataques a essas comunidades, fazendo com que houvesse um aumento exponencial da violência no campo no último período de 2019.

A violência no estado maranhense contra os indígenas tem tomando proporções muito grandes. Tanto que os indígenas formaram o grupo de autodefesa Guardiões da Floresta, formado pela etnia Guajajara e Awa-Guajá, e conta com centenas de indígenas que andam armados pelas aldeias e territórios do Maranhão. Em dezembro de 2019 dois caciques, Firmino Silvino Guajara e Raimundo Bernice Guajara foram mortos numa emboscada por motoqueiros.

Outra etnia, os Ka’apor, devido ao aumento da violência criaram os guardas de Autodefesa Ka’apor com a mesma finalidade de se proteger dos ataques dos pistoleiros a mando de latifundiários, mineradoras e grileiros de terras.

A única solução são os grupos de autodefesa 

Constantemente as ações de intimidação e despejos realizadas por pistoleiros ocorrem com a ajuda de forças policiais: Polícia Federal, Força Nacional, Polícia Civil e Polícia Militar, atuam abertamente em favor dos latifundiários, tratando os movimentos de luta pela terra como criminosos a serviço de bandos bolsonaristas.

Mediante essas situações, é necessário a organização popular pelo direito de se defender. E a organização pelo armamento desses movimentos populares contra essa ofensiva se faz urgente.

Não podemos esperar que a defesa desses movimentos populares seja feita por instituições da direita como a Policia Federal e orgãos do Judiciário, como aposta grande parte da esquerda pequeno burguesa.

Pelo Fora Bolsonaro

Por isso é necessária a luta organizada na autodefesa e pela derrubada do governo Bolsonaro em 2020 que incentiva abertamente a política genocida praticada no campo contra quilombolas, indígenas e sem-terra.

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