Da redação – A missão de acompanhamento eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA) voltou ao Brasil para legitimar a fraude no 2º turno das eleições mais farsescas da história do País.
O órgão confirmou ontem (21) sua participação na segunda volta dos comícios, que ocorrerá no próximo domingo (28).
No 1º turno a OEA acompanhou o processo pela primeira vez na história do Brasil, convidada pelo governo golpista, com o claro objetivo de validar a fraude nestas eleições, legitimando assim o golpe de Estado e seu aprofundamento.
Naquela ocasião, a instituição afirmou que as eleições foram limpas e que não é possível questionar a urna eletrônica. Nada foi dito da prisão e impedimento do ex-presidente Lula, principal candidato do povo à presidência. Nada foi dito das inúmeras ocorrências de manipulação das urnas eletrônicas por todo o País. Nada foi dito da impossibilidade de 3,5 milhões de brasileiros votarem, entre muitas outras irregularidades já listadas por este diário.
É preciso lembrar que a OEA é um órgão criado pelo imperialismo norte-americano para que este controle política e diplomaticamente os países da América Latina. A mando dos EUA, Cuba foi expulsa da organização logo após a Revolução de 1959, por, supostamente, violar os princípios democráticos da Carta.
Antes disso, a OEA havia apoiado o golpe de Estado na Guatemala, em 1954, que derrubou o presidente nacionalista Jacobo Arbenz, e depois apoiou todas as ditaduras do continente. Mais recentemente, a OEA é um dos mecanismos mais utilizados pelo imperialismo para pressionar e, possivelmente, intervir militarmente na Venezuela, justamente com a desculpa de que as eleições naquele país seriam farsescas.
Percebe-se a quem a OEA serve, e sua hipocrisia. Trata-se, em última instância, de uma evidente intervenção imperialista no processo eleitoral brasileiro. Ou seja, a presença da OEA para validar a fraude das eleições em meio a um golpe de Estado, em si só já é um novo episódio de fraude.