A tendência à mobilização contra o governo golpista de Jair Bolsonaro se concretizou – notoriamente – no dia 15 de maio. Os ataques à educação agudizaram ainda mais a animosidade do povo contra Bolsonaro. Acendeu-se, portanto, o pavio do barril de pólvora que Bolsonaro e seus asseclas têm preenchido a cada dia com os mais severos ataques contra a população como um todo. O corte de 30% das verbas das universidades e institutos federais, entretanto, foi o combustível que colocou, novamente, a locomotiva da luta contra o golpe em movimento.
As manifestações do dia 15 impulsionaram amplos setores a se mobilizarem. As ruas foram tomadas pelas massas populares que declararam em alto e bom som: Fora Bolsonaro! Lula Livre!
Abriu-se, entretanto, uma nova etapa política. Contrariando a tese da esquerda pequeno-burguesa, ficou claro, desde então, a disposição das massas em lutar contra o governo – ilegítimo – do capitão boçal e sua camarilha golpista. Diante da debilidade do regime, o momento tornou-se bastante propício para o avanço das forças progressistas e, sobretudo, para uma ampla mobilização em torno de uma greve geral, capaz de colocar em xeque todo o governo – fruto de uma enorme fraude eleitoral.
A intensificação da luta contra o golpe deve ser elevada ao mais alto grau. Os estudantes devem se mobilizar contra os ataques do governo e evitar que se molhe a pólvora do barril que está em vias de explosão; é preciso, todavia, romper com o imobilismo dos setores que optam apenas pelas vias institucionais e acabam por desmobilizar a tendência natural de mobilização das massas. É hora de aprofundar o movimento pela derrubada do governo Bolsonaro. A direita está planejando a destruição do ensino superior público. Nesse sentido, os estudantes precisam defender suas universidades. É hora de ocupar todas as universidades contra Bolsonaro, em defesa do ensino.