O ato em São bernardo do Campo, que se formou quase que de maneira espontânea quando foi dada a notícia do mandado de prisão contra Lula expedido por Sergio Moro, mostrou a enorme tendência à luta contra o golpe. Os acontecimentos que se seguiram, com mais de 10 mil pessoas cercando o sindicato, dispostas e não deixar prender, também revelam claramente esse aspecto decisivo da situação política.
Nesse sentido, agora que Lula está preso em Curitiba, a lição de São Bernardo do Campo deve ficar. É preciso organizar de maneira imediata as caravanas para a capital paranaense. É preciso organizar também atos em todo o País exigindo a liberdade de Lula.
Diante da mobilização em São Bernardo, a direita golpista ficou paralisada. Seria muito difícil chegar até Lula se o próprio não tivesse decidido, numa política errada, se entregar. Se Lula tivesse continuado no sindicato, resistindo, a crise política levaria o regime golpista ao risco de se degenerar completamente.
Por isso, é preciso ocupar Curitiba com esse espírito. É preciso largar de uma vez por todas as ilusões democráticas e nas instituições dominadas pelos golpistas e estabelecer uma luta concreta, que coloque em xeque o regime político.
Para isso, é preciso fazer o que o companheiro Rui Costa Pimenta sugeriu em seu programa na TV 247. É preciso transformar Curitiba em uma “panela de pressão”, juntar dezenas de milhares de pessoas em frente à sede da Polícia Federal com a política clara de liberdade para Lula. Só através da pressão da mobilização os golpistas serão derrotados.